Junho é o mês dos santos populares
O mês de junho é dominado pelo clima de festa e devoção que contagia o povo brasileiro. Apesar de serem caracterizados por manifestações de cultura popular, esses festejos apresentam um forte caráter religioso, nos quais camponeses e agricultores renovam a fé nos santos populares, como São João, Santo Antônio, São Pedro, a quem recorrem por fartura na mesa e boa produção na lavoura.
Esta é a origem das festas juninas que acontecem em todo o mundo e chegaram ao Brasil através dos colonizadores portugueses. Foi graças a essas celebrações que alguns santos passaram a ser cultuados no Brasil e em cada região ganharam crendices e atribuições distintas, que vão desde fazer chover até arranjar casamentos.
A aposentada Regina Tobias, 83, diz ser devota de São Pedro desde criança, quando passou a frequentar a Igreja de Sant’Ana, no bairro da Campina. O templo conta com uma imagem do santo que foi trazida da Itália, no início do século XX, e em virtude de um pequeno acidente ganhou uma devoção, no mínimo, curiosa. O pé esquerdo da réplica, confeccionada em bronze, quebrou durante a viagem e foi reconstruído em gesso.
Por causa disso, um pé tende a ter uma temperatura mais baixa que o outro. Quando os devotos fazem a oração e seu pedido a São Pedro, tocam apenas o pé direito que é quente, pois acreditam que assim é mais fácil alcançar a graça. “Desde criança eu escuto essa história, até que eu recorri a interseção do santo para pedir uma graça e consegui”, disse a devota.
Pedro foi apóstolo de Jesus e o primeiro Papa da Igreja Católica. Nas imagens que o retratam, ele aparece carregando uma chave que abre a porta para o Reino dos Céus. Antigamente, os agricultores do sertão recorriam a ele para pedir chuva e assim molhar a terra e garantir a fertilidade do solo.
Segundo o padre João Paulo Celestino, os santos, para a Igreja Católica, são modelos a serem seguidos pela comunidade, por suas histórias de devoção e dedicação aos planos de Deus. “João Batista, por exemplo, era primo de Jesus e foi ele quem o batizou nas águas do Rio Jordão. Dedicou a sua vida a pregação da palavra de Deus”, comentou.
O dia 24 de Junho é dedicado a São João. O padre explica que a data foi criada com base no Natal, quando se celebra o nascimento de Jesus. “Quando visitou a sua prima, Izabel, Maria estava grávida de três meses. Logo, se uma gestação dura nove meses, e celebramos o Natal no dia 25 de dezembro, então o terceiro mês de gestação de Maria completou em junho”, disse.
ORIGENS
As festas de São João deram origem ao nome de festas juninas. No Brasil, principalmente na região Nordeste, os camponeses pediam à São João colheita farta, por isso no dia 24 faziam festa para agradecer e homenagear o santo.
“É por isso que durante as festas juninas predominam as comidas típicas feitas com alimentos da terra, como milho, por exemplo”, comentou o padre João Paulo.
Como as festas de devoção aos santos populares tendiam a reunir a família dos agricultores, era comum celebrar casamentos nestes festejos. Contudo, isso nada tem a ver com a fama de casamenteiro que Santo Antônio adquiriu ao longo dos anos.
“No geral, predomina a história de uma moça que não conseguia casar e jogou a imagem do santo pela janela. A imagem atingiu a cabeça de um rapaz e eles acabaram casando”, observa padre João Paulo, deixando claro que a fama do santo é pura crendice.
A crendice predomina até hoje, embora a história do santo seja amplamente conhecida. “Santo Antônio é celebrado no dia 13 de junho, dia em que ele morreu. Por ter se dedicado ao trabalho com os mais pobres, tornou-se um santo muito popular”, conclui o padre.
(Diário do Pará)
Esta é a origem das festas juninas que acontecem em todo o mundo e chegaram ao Brasil através dos colonizadores portugueses. Foi graças a essas celebrações que alguns santos passaram a ser cultuados no Brasil e em cada região ganharam crendices e atribuições distintas, que vão desde fazer chover até arranjar casamentos.
A aposentada Regina Tobias, 83, diz ser devota de São Pedro desde criança, quando passou a frequentar a Igreja de Sant’Ana, no bairro da Campina. O templo conta com uma imagem do santo que foi trazida da Itália, no início do século XX, e em virtude de um pequeno acidente ganhou uma devoção, no mínimo, curiosa. O pé esquerdo da réplica, confeccionada em bronze, quebrou durante a viagem e foi reconstruído em gesso.
Por causa disso, um pé tende a ter uma temperatura mais baixa que o outro. Quando os devotos fazem a oração e seu pedido a São Pedro, tocam apenas o pé direito que é quente, pois acreditam que assim é mais fácil alcançar a graça. “Desde criança eu escuto essa história, até que eu recorri a interseção do santo para pedir uma graça e consegui”, disse a devota.
Pedro foi apóstolo de Jesus e o primeiro Papa da Igreja Católica. Nas imagens que o retratam, ele aparece carregando uma chave que abre a porta para o Reino dos Céus. Antigamente, os agricultores do sertão recorriam a ele para pedir chuva e assim molhar a terra e garantir a fertilidade do solo.
Segundo o padre João Paulo Celestino, os santos, para a Igreja Católica, são modelos a serem seguidos pela comunidade, por suas histórias de devoção e dedicação aos planos de Deus. “João Batista, por exemplo, era primo de Jesus e foi ele quem o batizou nas águas do Rio Jordão. Dedicou a sua vida a pregação da palavra de Deus”, comentou.
O dia 24 de Junho é dedicado a São João. O padre explica que a data foi criada com base no Natal, quando se celebra o nascimento de Jesus. “Quando visitou a sua prima, Izabel, Maria estava grávida de três meses. Logo, se uma gestação dura nove meses, e celebramos o Natal no dia 25 de dezembro, então o terceiro mês de gestação de Maria completou em junho”, disse.
ORIGENS
As festas de São João deram origem ao nome de festas juninas. No Brasil, principalmente na região Nordeste, os camponeses pediam à São João colheita farta, por isso no dia 24 faziam festa para agradecer e homenagear o santo.
“É por isso que durante as festas juninas predominam as comidas típicas feitas com alimentos da terra, como milho, por exemplo”, comentou o padre João Paulo.
Como as festas de devoção aos santos populares tendiam a reunir a família dos agricultores, era comum celebrar casamentos nestes festejos. Contudo, isso nada tem a ver com a fama de casamenteiro que Santo Antônio adquiriu ao longo dos anos.
“No geral, predomina a história de uma moça que não conseguia casar e jogou a imagem do santo pela janela. A imagem atingiu a cabeça de um rapaz e eles acabaram casando”, observa padre João Paulo, deixando claro que a fama do santo é pura crendice.
A crendice predomina até hoje, embora a história do santo seja amplamente conhecida. “Santo Antônio é celebrado no dia 13 de junho, dia em que ele morreu. Por ter se dedicado ao trabalho com os mais pobres, tornou-se um santo muito popular”, conclui o padre.
(Diário do Pará)
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