quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013


INTERPRETAÇÃO DE TEXTO PARA INÍCIO DE ANO LETIVO

TAL COMO FUTEBOL

Não somos onze em campo, mas tal como futebol, jogo individual não rende. Pergunte ao Pelé se ele sozinho teria feito mais de mil gols. É preciso harmonia e compreensão entre todos que trabalham juntos, desde o técnico que é a professora, até os donos das várias posições que são os alunos. Se um está mais fraco, os outros devem ajudar. Com isso, o time se fortalece. Hoje há tanta coisa para ensinar e aprender que uma pessoa sozinha não dá conta. Quantos se ocupam de nós na escola? A diretora, as professoras, a supervisora e as serviçais. Cada qual com o seu papel, e todos importantes. Isso dentro da escola, porque fora dela há um verdadeiro exército, o exército da educação que luta para que as crianças aprendam cada vez melhor. É como se o Brasil fosse um grande estádio do Maracanã e todas as crianças estivessem jogando. Não vamos decepcionar tanta gente! Espere para ver quantos gols iremos marcar.

Texto aplicado pela professora Karlene Machado, Carbonita, MG.

ATIVIDADES

1. Para que as pessoas trabalhem juntas, o que é preciso haver?
2. Em que posição a professora se encontra, conforme o texto? E os alunos?
3. Copie do texto a passagem que mostra o que devemos fazer se um colega tiver com dificuldades.
4. "Jogo individual não rende" significa que:
(     ) sozinhos não conseguimos resultados.
(     ) é melhor trabalhar sozinho.
(     ) trabalhar em grupo dá confusão.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

a incapacidade de ser verdadeiro


Avaliação de leitura e interpretação - 6º ano com gabarito 
A INCAPACIDADE DE SER VERDADEIRO
Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.
A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de queijo. Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias.
Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pela chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça:
– Não há nada a fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia.
andrade, Carlos Drummond de. A incapacidade de ser verdadeiro. In ANDRADE, Carlos Drummond de et al. Deixa que eu conto. São Paulo: Ática, 2003. Literatura em minha casa, v. 2, p.44.
01. Quando Paulo chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas, a mãe

(A) colocou-o de castigo.    (B) deixou-o sem sobremesa.
(C) levou-o ao médico.    (D) proibiu-o de jogar futebol.

02. A mãe de Paulo ficou preocupada com o filho porque ele

(A) machucou-se no pátio da escola.   (B) contava histórias criativas.
(C) desistiu de jogar futebol.    (D) queixou-se do médico.

03. A preocupação da mãe que a fez levar o filho ao médico deveu-se à

(A) fábula dos dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.
(B) história do pedaço de lua, cheio de queijo no pátio da escola.
(C) passagem das borboletas pela chácara de Siá Elpídia formando um tapete voador.
(D) imaginação do menino ao criar suas histórias fantasiosas.

04. O parecer do médico "Este menino é mesmo um caso de poesia", sugere que Paulo

(A) agia dessa forma pelo excesso de castigo.     (B) brincava com coisas verdadeiras.
(C) era um menino imaginativo e criativo.           (D) estava precisando do carinho familiar.

05. Dona Coló castigava o filho porque acreditava que ele estivesse

(A) brincando.   (B) sonhando.   (C) mentindo.   (D) teimando.

06. O texto sugere que

(A) mentira e teimosia andam juntos.   (B) mentira e fantasia são sinônimos.
(C) mentira e sonho parecem brincadeiras.   (D) mentira e imaginação são diferentes.

A LUA NO CINEMA
A lua foi ao cinema,
passava um filme engraçado,
a história de uma estrela
que não tinha namorado.
Não tinha porque era apenas
uma estrela bem pequena,
dessas que, quando apagam,
ninguém vai dizer, que pena!
Era uma estrela sozinha,
ninguém olhava pra ela,
e toda a luz que tinha
cabia numa janela.
A lua ficou tão triste
com aquela história de amor,
que até hoje a lua insiste:
Amanheça, por favor!
                      LEMINSKI, Paulo

07. De acordo com o poema "A lua no cinema", a estrela

(A) era pequena e solitária.                  (B) parecia grande na janela.
(C) tinha um namorado apaixonado.   (D) viveu uma bela história de amor.

08. O último verso "– Amanheça, por favor!" sugere que a lua

(A) achou o filme da estrela que tinha namorado engraçado.   (B) acreditava que a estrela era pequena e sem graça.
(C) desejava esquecer a história da estrela solitária.                 (D) gostava mais do dia do que da noite.

09. O texto "A lua no cinema" é um poema por usar
(A) orações.   (B) períodos.  (C) parágrafos.    (D) versos.

10. Da leitura do poema percebe-se que a estrela

(A) era um astro insignificante.   (B) era uma artista engraçada.   (C) tinha inveja da lua.   (D) tinha uma história feliz.

11. O poema trata

(A) da solidão.   (B) da tristeza.    (C) da amizade.   (D) do ciúme.

PROCURA-SE!
Os beija-flores ou colibris estão entre as menores aves do mundo e são as únicas capazes de ficar voando no mesmo lugar, como um helicóptero, ou de voar para trás. Para isso, porém, as suas pequenas asas precisam movimentar-se muito depressa, o que gasta muita energia. Assim, eles precisam se alimentar bastante, e algumas espécies podem comer em um único dia até oito vezes o seu próprio peso. Uau!
O balança-rabo-canela é um beija-flor pequeno que pesa apenas nove gramas e só existe no Brasil. Ele tem as costas esverdeadas e a parte de baixo do corpo na cor canela, com um tom mais escuro na garganta. As penas da cauda, por sua vez, são de cor bronze e têm as pontas brancas. A ave possui ainda uma fina listra branca em cima e embaixo dos olhos.
Assim como os outros beija-flores, o balança-rabo-canela geralmente se alimenta de pequenos insetos, aranha e néctar, um líquido doce produzido pelas flores. Para sugá-lo, essas aves têm uma língua com ponta dupla, que forma dois pequenos canudos.
É comum os beija-flores ficarem com os grãos de pólen das flores grudados nas penas e no bico depois de sugarem o néctar. Assim, acabam levando-os de uma flor a outra, à medida que seguem seu caminho. Como as flores precisam do pólen para produzir sementes, os beija-flores, sem querer, ajudam-nas ao fazer esse transporte e acabam beneficiados também: afinal, o néctar das flores é um dos seus alimentos.
Os beija-flores enxergam muito bem, e muitas flores possuem cores fortes, como vermelho ou laranja, para atraírem a sua atenção. Embora muito pequenas, essas aves são muito valentes e sabem defender seus recursos, como as flores que utilizam para se alimentar. Assim, alguns machos podem até expulsar as fêmeas da sua própria espécie caso elas cheguem perto da comida. Na luta pela sobrevivência parece não haver espaço para gentileza: machos e fêmeas geralmente se juntam apenas na época da reprodução.
O balança-rabo-canela coloca seus ovos de setembro a fevereiro e choca-os durante 15 dias. A fêmea é quem constrói o ninho e também cuida dos filhotes por quase um mês após o nascimento para que eles consigam sobreviver sozinhos.
O pequeno balança-rabo-canela está ameaçado de extinção por conta da destruição do ambiente onde vive, ou seja, do seu habitat. As matas que servem de lar para essa ave estão sendo destruídas de maneira acelerada para a criação de animais, o cultivo de alimentos, a instalação de indústrias e pelo crescimento das cidades. Portanto, precisamos preservá-las para que esse belo beija-flor não desapareça para sempre.
FONSECA, Lorena

12. O balança-rabo-canela é um beija-flor que

(A) pesa apenas nove gramas.    (B) põe ovos o ano inteiro.  (C) possui uma lista branca nas asas.
(D) tem as costas cor de bronze.

13. Em "Assim, acabam levando-os de uma flor a outra, à medida que seguem seu caminho", o termo destacado refere-se a
(A) brotos em geral.  (B) colibris pequenos.  (C) grãos de pólen.  (D) insetos comestíveis.

14. O balança-rabo-canela, depois de sugar o néctar,

(A) alimenta-se de insetos variados.  (B) auxilia as fêmeas na criação dos filhotes.
(C) contribui para a reprodução das flores.  (D) cuida dos filhotes por quase um mês.

15. Os beija-flores estão ameaçado de extinção porque

(A) comem até oito vezes o seu próprio peso.  (B) o ambiente em que eles vivem está sendo destruído.
(C) gastam muita energia para voar.   (D) têm de lutar constantemente por seus recursos.

16. O texto "Procura-se!"

(A) informa sobre o perigo de extinção dos beija-flores chamados de "balança-rabo-canela".
(B) inventa algumas características sobre os beija-flores chamados de "balança-rabo-canela".
(C) traz um relato de experiência científica com os beija-flores chamados de "balança-rabo-canela".
(D) anuncia que alguém está procurando beija-flores chamados de "balança-rabo-canela" para comprar.

!7. A questão central tratada no texto é

(A) a preservação dos beija-flores. estres.
(B) a reprodução de animais silvestres.
(C) o crescimento das cidades. D) o hábito alimentar das aves.
GABARITO:
 1A   2B   3D   4C   5C   6D   7A   8C   9D   10A   11A   12A   13C   14C   15B   16A   17A


Um sapato em cada pé - 6º ano


Um sapato em cada pé"

 

 


  Esta é a história de dois pezinhos.
  Um pé esquerdo e um direito. Quem olhava assim rápido nem via muita entre eles. Podia achar que um fosse o reflexo do outro como num espelho, mas eram muito diferentes.
  O esquerdo tinha o dedão mais gordinho e gostava de . O direito morria de cócegas e adorava balé.
  O esquerdo preferia usar tênis.  Já o direito, por ele vivia descalço.
  O esquerdo, muito vaidoso, ficava feliz de unhas cortadas. O direito, mais desleixado, às vezes cheirava chulé.
  Como os pezinhos dependiam de sua dona, viviam fazendo acordos:
  - Tá bom, eu vou para trás na hora do arabesque, lá na  de balé – dizia o esquerdo. – Mas, no futebol, eu chuto a .
  - Legal. – concordava o direito. – Mas, quando a gente estiver dançando, não fique reclamando que a sapatilha aperta.
  Conversavam sempre à noite, quando Mariana, a dona deles, dormia. Assim, podiam se entender melhor.
  Uma noite, Mariana perdeu o sono. Enquanto contava carneirinhos, ouviu uma vozinha dizendo assim:
  - Tomara que amanhã ela ponha meia rosa.
  A menina levou um susto. Levantou a cabeça do , a tempo de ouvir o pé direito responder:
  - Ah, não. Gosto mais daquelas de listrinhas azuis.
  Mariana não podia acreditar no que via e ouvia. Os pezinhos continuaram:
  - Esqueceu que amanhã tem aula de futebol? – lembrou o esquerdo. – Ela sempre põe meias cor-de-rosa quando vai jogar.
  - Droga, então vai  as chuteiras também. Depois você reclama se eu fico cheirando a chulé.
  - Vou marcar um golaço, duvida? – gabou o esquerdo.
  -  Não, sei que graça você vê  futebol! – suspirou o direito.
  Mariana fez uma cara de quem tinha descoberto a América:
  - Então é por isso que eu chuto melhor com a esquerda!
  Os pezinhos prosseguiram no papo:
  - Não ligue. À tarde, ela vai na aula de dança e ai você fica feliz.
  - Vou fazer a melhor pirueta da minha vida, me espere!
  A menina se surpreendeu mais uma vez:
  - Por isso eu arraso quando fico na ponta do pé direito!
  Comovida, Mariana pensou no esforço que seus pezinhos faziam para se entenderem, apesar das diferenças. Pensou também como seria se todas as pessoas fizessem o mesmo.
  Afundou no travesseiro e dormiu.
  Na manhã seguinte, ela resolveu fazer uma surpresa para os seus pés. No esquerdo, vestiu a meia rosa e a chuteira. No direito, a meia listradinha de e a sapatilha. Foi para escola assim, com um pé de cada jeito.
  Quando pisou na sala de aula, seus colegas começaram a caçoar dela. Mariana tentou explicar que seus pés eram diferentes um do outro e que isso não tinha o menor problema. Mas a turma não parava de rir.
  Mariana descobriu como era difícil ser diferente. Só porque não usava iguais como todo mundo, tinha virado motivo de riso. Morrendo de raiva, ela foi chorar na .
  Escondida atrás de uma , abaixou-se para ficar mais perto de seus pés. Acariciando ora o esquerdo, ora o direito, e disse:
  - Não liguem para esses bobos. Eu não vou deixar de gostar de vocês só porque são diferentes um do outro.
  Estava nisso quando alguém se aproximou. Mariana olhou pela fresta de uma prateleira e tudo que viu foi dois pés. Um estava calçado com tênis. O outro, com chinelo de praia.
  A menina levantou os olhos, maravilhada. Deu de cara com o Edgar, o novo colega de escola. Ele estendeu-lhe a mão dizendo:
  - Não chore, Mariana. Nenhum PÉ É IGUAL AO OUTRO.
  Foram os dois para o pátio. Ela já nem ligava mais para a zoada dos colegas. Mariana só ficava pensando num jeito de apresentar seus pés aos pés de Edgar.

Cláudio Fragata. In: Recreio Especial: Era uma vez..., n. 1. , Abril, s/d.
Vocabulário
arabesque: constitui uma das poses básicas do Ballet Clássico.
gabou: orgulhou-se   

ESTUDO DO TEXTO:                                                                                                               
1) “Esta história é sobre dois pezinhos. Um pé esquerdo e um direito. Quem olhava assim rápido nem via muita diferença entre eles. Podia achar que um fosse o reflexo do outro como num espelho, mas eram muito diferentes.”. Escreva as diferenças que existiam entre os dois pezinhos:                                     (0,5)

Pé direito
Pé esquerdo


















2) “A menina perdeu o sono e levou um susto.”                                                                                           (0,5)
a) Que fato ocorreu que surpreendeu a menina?
_____________________________________________________________________________________

3) “Mariana fez uma cara de quem tinha descoberto a América.” Que grande descoberta ela teve?             (0,5)
_____________________________________________________________________________________

4) O texto mostra que os colegas de Mariana reagiram de maneira errada. Marque com  x aquela que resume melhor a reação dos colegas de Mariana:                                                                                       (0,5)
(   ) medo                              (   ) preconceito                    (   ) raiva                    (   ) simpatia

5) “ Mariana descobriu como era difícil ser diferente.” O que a fez se sentir diferente de todo mundo?             (0,5)
_____________________________________________________________________________________

6) “Mariana olhou pela fresta de uma prateleira e tudo que viu foi dois pés.” Neste momento como ela ficou?                                                                                                                                                                    (0,5)
_____________________________________________________________________________________

7) Qual é a  que Mariana aprendeu?                                                                                                       (0,5)
_____________________________________________________________________________________

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Atividades variadas com textos e interpretações - 6º ao 9º ano


PROGRAMA SALAS DE APOIO À APRENDIZAGEM
ATIVIDADES DE LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
ATIVIDADE 1
Leia a tira de Ziraldo:
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de l932 em Caratinga, Minas
Gerais. Começou sua carreira nos anos 50 em jornais e revistas de expressão, como
Jornal  do  Brasil,  O  Cruzeiro,  etc.  Além  de  pintor  é  cartazista,  jornalista,  teatrólogo,
chargista, caricaturista e escritor. Em l969 publicou seu primeiro livro infantil Flicts e em
1980 publicou  um dos livros infantis mais vendidos no Brasil
O Menino Maluquinho que apresenta as histórias e invenções de uma criança
alegre e sapeca, “maluquinha”
A respeito da tira, responda:
1- Quem são as personagens da história narrada na tira.
2-Em que cenário (lugar) a. história acontece.
3-Qual é o assunto da história.
4- Nos três quadrinhos as personagens falam em avião. Esta palavra possui a mesma
significação  nas três situações?
5-Em que quadrinho a palavra avião é usada com sentido diferente. O que ele quis dizer?
6- E  você  é também um(a)  menino(a) maluquinho(a)?  Justifique.
ATIVIDADE 2
O Leão e o Javali
Num dia muito quente, um leão e um javali chegaram juntos a um poço. Estavam
com muita sede e começaram a discutir para ver quem beberia primeiro. Nenhum cedia a
vez ao outro. Já iam atracar-se para brigar, quando o leão olhou para cima e viu vários
urubus voando.
 - Olhe lá! – disse o leão. – Aqueles urubus estão com fome e espera para ver qual
de nós dois será derrotado...
- Então é melhor fazermos as pazes – respondeu o javali. – Prefiro ser seu amigo a2
ser comida de urubus.
Moral: Diante de um perigo maior, é melhor esquecermos as pequenas rivalidades.
(Esopo. Fábulas de Esopo.)
Responda:
1) O que aconteceu ao leão e ao javali num dia muito quente?
2) Por que os dois começaram a discutir?
3) O que o leão viu ao olhar para cima?
4) O que o leão achou que os urubus iam fazer?
5) O que eles resolveram fazer?
6) Qual a moral da história?
7) Você já passou por uma situação semelhante?
A fábula que você leu é de Esopo, um escravo grego que viveu há muitos e
muitos anos.
Fábula é uma narração fantástica, cujas personagens geralmente são animais.
Nas fábulas os animais pensam, falam e agem como seres humanos. Toda
fábula encerra com uma lição de moral.
Encaminhamentos para a aula:
1º O professor lê o texto para os alunos;
2º Após a leitura o professor propõe que alguns leiam também em voz alta;
3º Na seqüência discute-se o que foi compreendido a partir da leitura
4º Os alunos respondem as questões.
Referência Bibliográfica
NEVES, Débora Pádua Mello. Caligrafia e ortografia. Coleção Eu Gosto. 1ºEd. São
Paulo: IBEP, 2006. p.72-73.
ATIVIDADE 3
Fábula: O Leão e o Ratinho
Um leão, cansado de tanto caçar, dormia espichado debaixo da sombra boa de
uma árvore.
Vieram uns ratinhos passear em cima dele e ele acordou. Todos conseguiram fugir,
menos um, que o leão prendeu debaixo da pata. Tanto o
ratinho pediu e implorou que o leão desistiu de esmagá-lo e deixou que ele fosse embora.
Algum  tempo  depois,  o  leão  ficou  preso  na  rede  de  uns  caçadores.  Não
conseguindo se soltar, fazia a floresta inteira tremer com seus uivos de raiva.
Então apareceu o ratinho, que, com seus dentes afiados, roeu as cordas e soltou o
leão.
Moral da história: Uma boa ação ganha outra.
Leitura interativa
 Explicar aos alunos o que é uma fábula, descrevendo suas características
 Procurar o verbete fábula no dicionário e ler a definição para os alunos.
Em seguida, ler para eles, de forma interativa, o texto da fábula acima: O leão
e o ratinho.3
Texto coletivo
Reescrever com os alunos um texto coletivo da fábula: os alunos ditam e a
professora reescreve a história na lousa. Durante a reescrita da fábula, a
professora deverá aproveitar a oportunidade para trabalhar as seguintes questões
relacionadas com as regras gramaticais:
• A função do parágrafo.
• A utilização da letra maiúscula no início das frases.
• A utilização do ponto final e da vírgula.
• A escrita de palavras como: debaixo, espichado, deixou... e a utilização do “x”e do “ch”
em diversas palavras da nossa língua.
Pedir aos alunos que copiem e ilustrem com muito capricho o texto da lousa.
Pesquisa / Lista de palavras
Pedir que pesquisem seis palavras escritas com “ch” e seis palavras com a letra “x” – que
tenham o mesmo som. Exemplo: xarope, xale, peixe // chapéu, chinelo, chaminé.
Recomendação de leitura
Livro: O Leão e o Rato -- uma fábula grega, da Companhia Editora Nacional.
Pedir aos alunos que leiam o livro acima recomendado, ou ler com eles o texto da página
anterior em sala Fábula
ATIVIDADE 4
Podemos trabalhar a leitura levando os alunos à biblioteca para com o trabalho
com poemas. Todos leem o poema “O que eu vou ser quando crescer?”.
O que vou ser guando crescer?
Porque me perguntam tanto,
o que vou ser quando crescer?
O que eles pensam de mim
é o que eu queria saber!
Gente grande é engraçada!
O que eles querem dizer?
Pensam que eu não sou nada?
Só vou ser quando crescer?
Que não me venham com essa,
pra não perder o latim.
Eu sou um monte de coisas
e tenho orgulho de mim!
Essa pergunta de adulto
é a mais chata que há!
Por que só quando crescer?
Não vou esperar até lá!4
Eu vou ser quem eu já sou
neste momento presente!
Vou continuar sendo eu!
Vou continuar sendo gente!
(Pedro Bandeira, Mais respeito, eu sou criança!)
Logo após a leitura os alunos explicarão oralmente o que entenderam de cada
estrofe e do poema todo. Cada aluno falará sobre o que deseja ser quando crescer, enfim
seus desejos expectativas sobre o futuro. Após as apresentações orais produzirão textos
poéticos (quadrinhas) e de opinião sobre o tema em questão. As quadrinhas produzidas
após correção serão ilustradas e fixadas no mural da sala para exposição.
ATIVIDADE 5
Para responder as questões leia com atenção os textos a seguir:
Texto 1: A RAPOSA E AS UVAS
Uma raposa estava com muita fome. Foi quando viu uma parreira cheia de lindos
cachos de uvas.
Imediatamente começou a dar pulos para ver se pegava as uvas. Mas a latada era
muito alta e por mais que pulasse, a raposa não as alcançava.
__ Estão verdes – disse, com ar de desprezo.
E já ia seguindo o seu caminho, quando ouviu um pequeno ruído.
Pensando que era uma uva caindo, deu um pulo para abocanhá-la. Era apenas
uma folha e a raposa foi-se embora, olhando disfarçadamente para os lados. Precisava
ter certeza de que ninguém percebera que queria as uvas.
Moral: Também é assim com as pessoas: quando não podem ter o que desejam,
fingem que não o desejam.
(12 fábulas de Esopo. Trad. Por Fernanda Lopes de Almeida. SP: Ática, 1994)
Texto 2: A RAPOSA E AS UVAS
De repente a raposa, esfomeada e gulosa, fome de quatro dias e gula de todos os
tempos, saiu do areal do deserto e caiu na sombra deliciosa do parreiral que descia por
um precipício a perder de vista. Olhou e viu, além de tudo, à altura de um salto, cachos de
uva maravilhosos, uvas grandes, tentadoras. Armou o salto, retesou o corpo, saltou, o
focinho passou a um palmo das uvas. Caiu, tentou de novo, não conseguiu. Descansou,
encolheu mais o corpo, deu tudo o que tinha, não conseguiu nem roçar as uvas gordas e
redondas. Desistiu, dizendo entre dentes com raiva: “Ah, também não tem importância.
Estão muito verdes”. E foi descendo, com cuidado, quando viu à sua frente uma pedra
enorme. Com esforço empurrou a pedra até o local em que estavam os cachos de uva,
trepou na pedra, perigosamente, pois o terreno era irregular, e havia o risco de despencar,
esticou a pata e... conseguiu! Com avidez, colocou na boca quase o cacho inteiro. E
cuspiu. Realmente as uvas estavam muito verdes!
Moral: a frustração é uma forma de julgamento como qualquer outra.
(Millôr Fernandes. Fábulas fabulosas. RJ: Nórdica, 1991. P. 118)5
No texto 01:
          A raposa, com fome, vê lindos cachos de uva. Mesmo assim ela diz que estavam
verdes. Por quê?
a. Ela não olhou direito e realmente achou que estivessem verdes.
b. Ela mentiu para que ninguém as quisesse.
c. Ela não as alcançava e não queria dar-se por vencida.
      A raposa, não alcançando as uvas, vai embora. Que fato posterior a esse comprova
que ela mentia ao dizer que as uvas estavam verdes:
a. O fato de voltar-se rapidamente para trás, pensando que uma uva tivesse
caído.
b. O fato dela olhar disfarçadamente para os lados.
Qual das frases abaixo traduz a idéia principal da fábula de Esopo:
a. Quem não tem, despreza o que deseja.
b. A mentira tem pernas curtas.
c. Quem não tem o que deseja, sente inveja dos outros.
Agora reveja o texto 02:
a) Como Millôr descreve a raposa?
b) Copie a passagem do texto de Millôr que deixa claro que a raposa estava
faminta naquele dia, mas era gulosa sempre:
c) Por que, segundo Millôr, o fato da raposa subir na pedra para tentar alcançar as
uvas era uma atitude perigosa?
Analise e compare os dois textos:
Até certo ponto da história, as duas fábulas são praticamente iguais. A partir de que
trecho a versão de Millôr fica diferente da de Esopo?
 No momento em que a raposa vê as uvas.
 Quando ela tenta alcançar os cachos.
 No momento em que a raposa sobe em uma pedra para alcançar as uvas.
       Qual é o fato da versão de Millor que altera completamente a história?
       Pode-se dizer que a moral do texto 01 tem o mesmo significado do texto 02?
Explique:
ATIVIDADE 6
Leia o texto a seguir:
Ele  foi  cavando,  cavando,  pois  sua  profissão  – coveiro  –  era  cavar.  Mas,  de
repente, na distração do ofício que amava, percebeu que cavara demais. Tentou sair da
cova e não conseguiu. Levantou o olhar para cima e viu que, sozinho, não conseguiria
sair.  Gritou  mais  forte.  Ninguém  veio.  Enrouqueceu  de  gritar,  cansou  de  esbravejar,
desistiu com a noite.  Sentou-se no fundo da cova, desesperado.
A noite  chegou,  subiu,  fez-se  o  silêncio  das  horas  tardias.  Bateu  o  frio  da
madrugada  e,  na  noite  escura,  não  se  ouvia  um  som  humano,  embora  o  cemitério
estivesse cheio dos pipilos e coaxares naturais dos matos. Só pouco depois da meia-noite
é que lá vieram uns passos. Deitado no fundo da cova o coveiro gritou. Os passos se
aproximaram. Uma cabeça ébria apareceu lá em cima, perguntou o que havia:6
- O que é que há?
O coveiro então gritou, desesperado :
- Tire-me daqui, por favor. Estou com um frio terrível!!!!
- Mas, coitado! - condoeu-se o bêbado – Tem toda razão de estar com frio. Alguém tirou a
terra de cima de você, meu pobre mortinho!
E, pegando a pá, encheu-a de terra e pôs-se a cobri-lo cuidadosamente.
Moral: Nos momentos graves é preciso verificar muito bem para quem se apela.
1-Assinale as duas frases que demonstram o desespero do coveiro:
(   ) “tem toda razão de estar com frio”.
(   ) “ enrouqueceu de gritar”.
(   ) “ele foi cavando, cavando...”
(   ) “cansou de esbravejar...”
2-Escreva as palavras em ordem alfabética para descobrir o significado da cada uma
delas:
Ofício  Esbravejar Pipilos Ébria
Horas tardias Condoeu-se Apelar Coaxares
a-......................................................... = chamar, pedir ajuda.
b-......................................................... = vozes dos sapos e rãs.
c-......................................................... = sentiu pena, teve dó.
d-......................................................... =bêbada, embriagada.
e-........................................................ = gritar alto e com fúria.
f- ........................................................ = horas avançadas da noite.
g-........................................................ = função, cargo.
h-....................................................... = pios de aves e insetos.
ATIVIDADE 7
Texto: PAI ME COMPRA UM AMIGO?
   Bebeto olhou o sinal de tráfego. Cor era coisa que confundia mesmo. Confundia só,
não. Via tudo preto, branco e cinza mais forte ou mais fraco. O sol não era amarelo, o céu
não  era  azul,  a  mata  não  era  verde.  Na  vida  do  menino  tudo  era  mais  ou  menos
complicado. Nada se resolvia a favor.
   - O menino nasceu de sete meses! –vivia dizendo a mãe.
   Bebeto levou tempo para descobrir que as crianças nascem de nove.
   Quando quis andar não houve nem rebuliço. Não teve aquele apoio de entusiasmo de
todo mundo, gente torcendo, pai suando comovido, mãe de lágrimas na boca de espera,
avó já aprontando conquista do neto. Não. Quando tentou o primeiro passo, foi só uma
palmada da babá, que estava vendo novela. Andar era coisa errada, pelo visto. Sentiu,
mais  do  que  compreendeu,  que  pensamento  de  criança,  no  começo,  é  sentimento
purinho. E olhe lá!
   Bebeto lembrou do dia em que sonhou ter um cachorro só para ele, isto já com cinco
anos.
   E explicava:7
   - Eu não tenho irmão. Cachorro serve.
   - Cachorro dá hidrofobia – disse a avó.
   - Dá o quê?
   - Doença!
   - Mas a gente cuida dele, ué!
   - Apartamento não é lugar pra cachorro – decreta o pai – e sabe quanto um gigante
desses custa só em comida?
   - Eu quero um pequenininho.
   Bebeto dizia potenininho. Precisava corrigir.
   - Pequeno é pior ainda. Fica doente à toa.
   - Então eu quero um amigo. Você compra?
   O pai, Ronaldo, bom administrador de empresa, mas péssimo psicólogo, explodiu, sem
perceber direito o que o garoto pedia:
    - E onde é que a gente vai fabricar um amigo pra você?
   Bebeto se sentia rejeitado mesmo. A mãe não tinha tempo para ele. Era artista. Não
artista de televisão. Pintura. Muita gente dizia até que era boa. Pintava umas coisas,
como é mesmo?... ah, sim!...abstratas.
(Pedro Bloch. Pai, me compra uma amigo? Ed. De Ouro, 1977 págs. 7 a 9)
a) Enumere corretamente as palavras aos seus sinônimos:
(1) rejeitado                                     (    ) observador
(2) tráfego                                        (    ) fora da realidade
(3) abstratas                                     (    ) recusado
(4) psicólogo                                    (    ) trânsito
 
b) Indique a personagem a quem são atribuídas as seguintes falas:
     a) - Eu não tenho irmão. (...........................................................)
     b) - Cachorro dá hidrofobia. (....................................................)
     c) - Apartamento não é lugar para cachorro. (..............................)
     d) - Então eu quero um amigo. (....................................................)
c) Responda com atenção:
a) Quais são os personagens do texto? Indique suas características interiores.
b) “O sol não era amarelo, o céu não era azul, a mata não era verde.” Por que o mundo
de Bebeto era sem cor?
c) Quais são os motivos que levam Bebeto a ser tão carente?
d) O que indica o fato de o menino pedir um amigo ao pai?
e) O que Bebeto esperava de sua família? 8
ATIVIDADE 8
1) Identifique nos textos lidos, o título e o autor:
a) Texto 1:_______________________________________________________
b) Texto 2:_______________________________________________________
2) Os dois textos têm animais como personagens. Identifique-os:
a) Texto 1:_______________________________________________________
b) Texto 2:_______________________________________________________9
3) Depois de ler atentamente essas duas Fábulas, assinale com um X, na tabela abaixo,
o que você encontrou de comum entre o Texto 1 e o Texto 2.
Presença de animais com características humanas nas histórias
Têm castelos e fadas.
Os textos, ao final, apresentam uma moral.
O tempo e o lugar são indeterminados.
Há diálogo entre os animais.
São textos narrativos.
Narrador em 3ª pessoa.
Jogo de valores opostos.
Há príncipes e princesas.
Os textos são curtos.
4) O que a pomba fez para ajudar a formiga? (Texto 1)
5) Como a formiga ajudou a pomba? (Texto 1)
6) Qual a acusação foi usada pelo gato para justificar sua ação de capturar o galo?
7) Qual argumento o galo usou para se defender do gato?
8) Dê sua opinião sobre a moral dos textos 1 e 2.
9) Você concorda com a atitude do gato? Por quê?
ATIVIDADE 9
BASTA
Agora Chega!
Chega de obedecer
E de ficar calado
Chega de ter que fazer
tudo o que eu não quero
e acho errado
Agora chega!
Chega de comer pepino
E de engolir ovo quente
Chega de dormir cedo
E acordar mais cedo ainda,
Chega de visitar a avó,
a tia, a prima, o primo, o padrinho...
chega de prestar contas
do banho tomado,10
da roupa escolhida,
do uniforme da escola,
da nota da prova,
de cada segundo,
de cada respiro!
Chega, chega...e chega!
Liberdade ainda que tarde!
Independência ou morte!
Manhêêêêê!
Onde está a minha roupa de goleiro?
Paiêêêêê!
Quero a minha mesada!
                          (Carlos Queiroz Telles)
Questões sobre o texto:
a) Há um protesto que atravessa todo o texto. Esse protesto se faz por meio de uma
palavra que se repete. Que palavra é essa?
b) Destaque do texto algumas ações que a pessoa não quer mais fazer.
c) E você, o que não agüenta mais fazer em sua casa?
d) A repetição num texto reforça ideias. Que ideia aparece reforçada durante o texto?
e) Esse tipo de comportamento é próprio de gente de qual idade?
f) Quem fala no texto é do sexo masculino ou feminino? Por quê?
g) Você se identifica com o eu lírico que fala no texto? Por quê?
h) O poema pode ser dividido em duas partes. Cada parte tem um sentido. As duas partes
se juntam para construir o sentido do texto. Indique onde começa e termina cada parte.
Depois explique o sentido de cada parte.
i) A 6ª estrofe é formada por dois gritos de liberdade famosos na história do Brasil.
Explique-os.
j) Relacione esses gritos com a principal vontade de quem fala no texto.
k) A mudança do comportamento na final do texto deixa as ideias engraçadas? Explique.
l) Como é o seu comportamento em relação aos pais?11
ATIVIDADE 10
Leia com atenção o texto a seguir:
IRACEMA MEDROSA
   -Iracema é uma medrosa!...
   -Iracema é uma medrosa!...
   -Iracema é uma medrosa!...
   A gente ficava em bando, voando à sua volta e gritando sempre:
    - Iracema é uma medrosa!...
    Seus olhinhos castanhos se enchiam d'água.
    - Não façam assim _ murmurava.
    A gente pousava na rama e comentava:
    - Ora, Iracema, o que é que tem? Vamos até lá. A gente fica pendurado nos fios
elétricos e é uma delícia. Balança-se que não se acaba mais. Pra lá... pra cá...
    - Não. Não. Eu não vou. Tenho medo. Vocês nunca deviam ir. Nunca deviam sair da
floresta.
    - Bobagens! Que é que tem?
    -Tem sim. E se vocês encontram um alçapão?_ indagava Iracema nervosa._E se tem
uma gaiola?
    - Gaiola?_ perguntei espantado. _Que é isso? Mamãe nunca falou pra gente sobre
gaiola.
    - É porque vocês são crianças.
    - Então, Iracema, fale. Conte para a gente o que é gaiola.
Iracema arrepiou-se e sua vozinha saiu trêmula.
     - Gaiola é uma coisa horrível. Uma coisa muito feia. Uma floresta de árvores fininhas,
amarradas por um cipó chamado arame.  Tem uma porta. Botam a gente lá dentro, e
pronto. Nunca mais se sai de lá.
   - Ah! Isso não existe. Você está imaginando coisas. Vamos balançar nos fios.
  Ela torceu nervosamente as pontas das asas.
   - Vocês me desculpem, mas eu não vou.
   Dizendo isso, levantou voo e fugiu para o coração da mata que nesse momento era
quente e acolhedor. A gente ficou caçoando dela aos berros.
   - Iracema é uma medrosa!... _Iracema é uma medrosa!...
    Como ficou longe aquele vozerio:
   - Iracema é uma medrosa.
    Agora meus olhos se enchem d'água e eu vejo a gaiola em volta do meu corpo moço.
Iracema tinha razão: A gaiola é uma coisa horrível! Já não tenho vontade de me mover.
Nem sei mesmo se me acostumei em dar pulos de um poleiro para outro. Tudo tão triste.
Triste. Triste.
    - Rapaz, que tristeza é essa?_ perguntava da outra gaiola, seu Pedro, um velho tiê-
sangue.            
    - Isso passa. No começo é sempre assim. Daqui a pouco você começará a
cantar e cantando a vida fica bonita até dentro de uma gaiola.
    - Não. Eu nunca cantarei. Eu nunca cantarei.
    E me lembrava de Iracema que jamais passaria por tudo que eu já passara. Iracema
teria ninhadas e ninhadas de filhotes e continuaria com medo, mas vivendo livre dentro da
mata.
                                                                                                    José Mauro de Vasconcelos12
1-Na frase “_Iracema é uma medrosa!...” as reticências foram usadas para dar a ideia:
(   ) de que alguém interrompeu a fala das personagens;
(   ) reforçar a ideia dos berros repetidos pelos amigos de Iracema para caçoar dela;
(   ) demonstrar que os personagens paravam para ver a reação de Iracema.
2-Na frase:” _Tem sim. E se vocês encontram um alçapão?- indagava Iracema nervosa.
- E se tem uma gaiola?”  A parte destacada está entre dois  travessões porque:
 (  )é a fala de Iracema;
 (  ) é a fala de seu Pedro
 (  ) é a explicação do narrador.
3-Quem narra essa história é :
(  ) Iracema              
(  ) seu Pedro          
(  ) um pássaro que convivia com Iracema
4-Iracema tinha medo... :
(  ) de ser aprisionada.
(  ) de ficar sozinha na floresta.
(  ) de ser abandonada pelos seus amigos.
5-“  Iracema  tinha  razão.  A gaiola  é  uma  coisa  horrível!”  Nesta  frase  o  ponto  de
exclamação demonstra o sentimento de:
(  )admiração                    
(  )tristeza                                          
(  )empolgação
ATIVIDADE 11
Texto: Menor Abandonado
De onde vens, criança?
Que mensagem trazes do futuro?
Por que tão cedo esse batismo impuro que mudou teu nome?
Em que galpão, casebre, invasão, favela, ficou esquecida tua mãe?...
E teu pai, em que selva escura
se perdeu, perdendo o caminho
da barraca humilde?...
Criança periférica rejeitada...
Teu mundo é um submundo.
Mão nenhuma te valeu na derrapada.
Ao acaso das ruas-nosso encontro
És tão pequeno... eu tenho medo.
Medo de você crescer, ser homem.
Medo da espada de teus olhos...
Medo de tua rebeldia antecipada.13
Nego a esmola que me pedes.
Culpa-me tua indigência inconsciente.
Revolta-me tua infância desvalida
Quisera escrever versos de fogo
e sou mesquinha.
Pudesse eu te ajudar, criança, estigma de
Defender tua casa, cortar tua raiz
Chegada...
(…)
Cora Carolina
Estudo do texto:
a) Como vivem os menores abandonados?
b) Como é o mundo desses meninos e meninas?
c) Quem pode fazer alguma coisa pelos menores abandonados?
d) “Por que tão cedo esse batismo impuro que mudou teu nome”? Como são conhecidas
as crianças referidas no texto?
e)Onde estaria a mãe dessas crianças?
f) Explique a 2° estrofe da poesia.
g) “Mão nenhuma te valeu na derrapada”. Que derrapada é essa? Explique o verso.
h) O que essas crianças deveriam ter para não se tornarem menores abandonados?
i) Mesmo sendo pequenos, os meninos da rua causam medo aos adultos. Qual o medo
da autora?
ATIVIDADE 12
Leia o texto:
Seu Sol, dona Lua
   Diálogo interessante  aconteceu entre o Sol e a Lua.
   E isto se deu em pleno sol do meio-dia:
     __ Ora, ora, que surpresa mais agradável! A senhora por aqui, dona Lua?
     __ Pois é, seu Sol, eu...
     __ Mas que aparência a sua, dona Lua! Está tão pálida! Já sei, veio tomar um
solzinho, né?  
     __ Quem me dera, seu Sol, quem me dera!
     __ Então conte-me o que está acontecendo, Por que essa cara de lua?
     __ Ah, seu Sol! Parece até que eu vivo no mundo da lua...
     __ Ih! Lá vem a senhora com esse papo lunático!
     __ É verdade, seu Sol,. Desde que invadiram a minha privacidade que eu não tenho
mais aquele brilho de sempre. E não parou por aí. Sempre está chegando  gente nova
para perturbar o meu sossego. Já estou cheia! Cheia, seu Sol! Só me falta mesmo  virar
lua-de-mel!
     __ Tem razão, isso é fogo! Graças a Deus eu não tenho essa preocupação. Como já
dizia o velho ditado: pode vir quente que estou fervendo!
     __ É por isso mesmo que eu estou aqui, seu Sol. Quero propor-lhe um negócio.
     __ Negócio?! Com  a senhora?14
     __ Calma, calma, não se esquente! Vou lhe explicar... Puxa, que calor faz aqui,hein?
Bom, eu só quero lhe propor uma troca de turnos.
    __ Troca de turnos?
    Que papo é esse , dona Lua?
    __ Não precisa ficar vermelho, seu Sol! O negócio é simples. Eu fico durante o dia,
enquanto o senhor fica durante a noite, entendeu?
   __ Humm, sei não... Acho que isso vai dar bode! A senhora não é notívaga?
   __ Xi, é mesmo! Esqueci que sofro de insônia! Só consigo dormir durante o dia.
   __ E eu não posso dormir de dia, sabe como é, né? O calor...
   __ O senhor tem razão. A propósito, que horas são?
   __ Meio-dia, pontualmente!
   __ Ai, meu São Jorge! Estou atrasada! Já era para eu estar no Japão! Qualquer dia  eu
apareço para ficar mais tempo.
   __ Talvez. Boa noite, seu Sol!
   __ Bom dia, dona Lua!
                      Alexandre Azevedo. O vendedor de queijos e outras crônicas. São Paulo: Atual, 1991.
     primeiramente, pode-se propor uma reflexão sobre a mudança de turno. Se realmente
houvesse essa troca, quais seriam as conseqüências?
Atividades:
a) Dramatização feito pelos alunos ( Sol e Lua). Observar a pontuação, entonação na
dramatização.
b) Que idéia o texto passa?
c) Pesquisar no dicionário as palavras desconhecidas:
d) O que significa eclipse? Você já presenciou?
e) Em que momento se deu o diálogo entre o Sol e a Lua?
f) Você conhece algum ditado popular?  Cite o que está no texto.
g) Você já deve ter ouvido que enquanto aqui no Brasil  é dia em outro país é noite. Qual
é esse país citado no texto?
h) Tanto o sol quanto a lua utilizam, em suas falas, palavras próprias de seu universo.
Releia o texto e indique quais são essas palavras:
SOL:____________________________________________________________________
__________________________________________________________________
LUA:____________________________________________________________________
________________________________________________________________________15
ATIVIDADE 13
             
Objetivos:
 Rever os valores machistas presentes na sociedade.
 Desenvolver a leitura e interpretação de textos.
 Reconhecer o gênero textual historia em quadrinhos.
Desenvolvimento:
    Realizar  um  trabalho  prévio  de  interpretação  usando  atividades  de  atenção,
percepção e releitura para despertar o interesse do educando. Em seguida, promover
um momento de leitura com gibis para depois explorar as características das HQS, a
biografia do autor, a caracterização dos personagens, recursos visuais e lingüísticos tais
como: onomatopéias, balões, etc., com a finalidade de levar o educando a desenvolver
uma leitura capaz de entender a intenção do autor, ou seja, a moral da história. Após
isso, solicitar que os alunos façam a leitura dos quadrinhos acima. Por fim, fazer a
interpretação oral, baseada no roteiro de questões abaixo:
Roteiro de questões:
a) Quem é o personagem mais importante dessa história? Você já o conhecia? Tem
alguma coisa em comum com este personagem?
b) Todas as crianças choram ao tomar vacina?
c) A atitude que Chico Bento teve pode ser considerada “valente e responsável”?
d) Todas as cenas aconteceram no mesmo dia? O que comprova que foram em dias
diferentes?
e) Quem você imagina que teria passado a ideia ao personagem de que “homem não
chora”?
f) O que você pensa sobre o motivo pelo qual o Chico Bento chorou?
g) Para conviver em sociedade temos que seguir regras para que haja uma determinada
ordem, no entanto algumas dessas regras são preconceituosas e discriminatórias,
como essa de “o homem não chora”. Você concorda com esta ideia?
h) Que outras regras da sociedade são preconceituosas e discriminatórias?
i) O que nós poderíamos fazer para mudar essas regras?16
ATIVIDADE 14
“O PRINCIPEZINHO E A RAPOSA”
E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia – disse a raposa.
- Bom dia – respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui disse a voz – debaixo da macieira...
- Quem és tu? Perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa – disse a raposa.
- Vem brincar comigo – propôs o principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo – disse a raposa – não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa – disse o principezinho. Após uma reflexão, acrescentou.
- Que quer dizer “cativar”?
- Tu não és daqui – disse a raposa. – Que procuras?
- Procuro os homens – disse a raposa têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas
também.  É a única coisa interessante que eles fazem. Tu procuras galinhas?
- Não – disse o principezinho – Eu procuro amigos. Que quer dizer “cativar”?
- É uma coisa muito esquecida – disse a raposa. – Significa “criar laços...”
- Criar laços?
- Exatamente – disse a raposa – Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente
igual  a cem  mil  outros  garotos.  E  eu não  tenho  necessidade  de ti.  E tu não tens também
necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas,
se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu
serei para ti única no mundo...
- Começo a compreender – disse o principezinho – Existe uma flor..., eu creio que ela me
cativou...
- E possível – disse a raposa – Vê se tanta coisa na terra...
(O Pequeno Príncipe, Antoine de Saint-Exupéry)
EXERCÍCIOS
1 – Bom dia – respondeu polidamente o principezinho.
Reescreva a frase, substituindo a palavra destacada por um sinônimo.
2. “- Que quer dizer “cativar”?
De acordo com o texto qual é a melhor explicação para a palavra destacada?
a-  Capturar
b-  Atrair
c-  Tirar a liberdade
d-  Ganhar a simpatia
Escreva uma frase empregando a palavra cativar com o mesmo significado escolhido no quadro
anterior.
3. Consultando o dicionário, responda:
a) As palavras CATIVO e CATIVADO têm o mesmo significado?
b) Escreva uma frase empregando a palavra CATIVO e outra empregando a palavra CATIVADO.
4. Quando você se torna amigo de alguém, você se torna uma pessoa cativa ou cativada:17
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
1. No início da conversa, o principezinho convida a raposa para brincarem juntos.
a) Como está se sentindo o principezinho?
b) Por que a raposa recusa o convite do principezinho?
2) “- os homens – disse a raposa – tem fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também.
É a única coisa interessante que eles fazem.”
a) Por que é incômodo para a raposa que os homens tenham fuzis e cacem:
b) Por que, para a raposa, é interessante que os homens criem galinhas?
3) Que quer dizer “cativar”?
- É uma coisa muito esquecida – disse a raposa – Significa “criar laços..”
a) O que significa “criar laços”?
b) O que a raposa quis dizer com “É uma coisa muito esquecida”?
c) Você concorda com a raposa? Por quê?
ATIVIDADE 15
O papagaio e a borboleta
Um papagaio, pipa de papel,
Subindo até as nuvens percebeu
No vale, lá embaixo,
Uma borboletinha; e gritou-lhe então:
- Mal posso te enxergar daqui, creias ou não!
Eu acho que tu me invejas voar tão alto assim!
- Invejo-te, eu? Eu não!
E tu não tens razão
De te vangloriares: voas alto sim,
Mas voas preso a um fio, e a vida assim
Está distante da felicidade.
Já quanto a mim
É bem verdade
Que eu vôo baixo: mas vôo em liberdade:
Esvoaço e adejo
Onde eu desejo!
Nem como tu, tal qual um bobalhão,
me gabo sem razão!
                                (krilov, Fábulas russas, tradução Tatiane Belinsky, Melhoramentos)18
Vocabulário:
Creias: acredites
Vangloriares: gabares, contares vantagens
Esvoaço, adejo: dou vôos curtos, bato as asas
Perguntas que buscam respostas diretamente em partes do texto:
1. Que capacidade ou habilidade as duas personagens, da fábula, possuíam em
comum? Como você pode comprovar sua resposta?
2. Qual personagem provocou o diálogo? Justifique sua resposta com elementos do
texto.
3. Qual a localização (espaço) das personagens?
Perguntas que exige do leitor a produção de inferências textuais:
4. Por que o papagaio provocou o diálogo?
5. O que você acha que a borboleta quis dizer quando falou “nem como tu, tal qual
um bobalhão, me gabo sem razão.
6. Assinale os três provérbios que comprovam que o ensinamento transmitido pela
fábula à sabedoria popular:
 Antes só do que mal acompanhado
 Em boca fechada não entra mosquito.
 Quem fala o que quer, ouve o que não quer.
 A palavra é prata, o silêncio é ouro.
 Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.
Perguntas que levam o leitor a refletir sobre o tema do texto a partir de experiência
de sua vida, criando uma interpretação textual:
7. Em sua opinião, que tipo de pessoa, age como o papagaio? Por quê?
8. Por que você acha que a borboleta chamou o papagaio de bobalhão?
Perguntas que relacionam o tema do texto com a vida do leitor:
9. Alguém algum dia, já lhe fez alguma provocação fazendo você se sentir
humilhado? Conte como foi e como você se sentiu.
10.Qual das personagens você acha que agiu corretamente? Justifique sua resposta.
ATIVIDADE 16
Terno, macacão ou...
        Flávio de Souza
Foi numa manhã de verão que o Romeu descobriu que os pais dele eram
diferentes dos pais das outras crianças. Ele foi com a mãe numa pracinha. E depois de
correr, subir e descer muitas vezes no escorregador, ficar bastante de ponta-cabeça no
trepa-trepa e cavar muitos buracos no tanque de areia, ele sentou para conversar com
seus amigos:19
AMIGO - Meu pai tem um carro de quatro portas.
AMIGA - O meu tem um de duas portas.
ROMEU - O meu é mais legal que o de vocês. Ele anda de ônibus.
AMIGA - Nossa, que legal!
AMIGO - Ônibus é maior que carro, né?
ROMEU - É!
AMIGA  - O meu pai vai trabalhar cedinho!
AMIGO - O meu faz ginástica antes de ir trabalhar.
ROMEU - Naquela bicicleta que não sai do lugar?
AMIGO - É.
AMIGA E ROMEU - Que legal!
ROMEU - O meu pai vai trabalhar  cedo também.
AMIGO - Que horas? Às nove?
ROMEU - Não...
AMIGO - Às oito?
ROMEU - Não...
AMIGO - Às sete?
ROMEU - Também não...
AMIGO - Às seis?
ROMEU - Não! Às dez!
AMIGO E AMIGA - Isso não é cedo!
ROMEU - Não?
AMIGO - Não!
ROMEU - Então meu pai é diferente, pronto!
AMIGA - Que legal!
AMIGO - Meu pai vai trabalhar de terno.
AMIGA - De gravata e tudo?
AMIGO - É.
AMIGA - O meu pai vai de macacão e capacete.
ROMEU - Igual bombeiro?
AMIGA - Não, não é vermelho. É cinza!
AMIGO - Que legal!
AMIGA - E o seu? Vai de terno ou macacão?
ROMEU - É mais ou menos um macacão...
AMIGA -  Cinza?
ROMEU - Não...é cor de abóbora e azul.
AMIGO - E ele tem capacete?
ROMEU - Não, ele usa um chapéu comprido cheio de estrelas. Uma gola de babados, Um
sapato brilhante...um nariz de bola vermelha. E nas mãos...
AMIGA E AMIGO - O quê? O quê?
ROMEU - Luvas! E às vezes, até uma capa de todas as cores do arco-íris!
AMIGO E AMIGA - Que legal!
                  Filho de artista. São Paulo:FTD, 1997, p. 9-11.
ATIVIDADES:
01. Como é o pai de cada um dos três amigos? Complete o quadro abaixo com as
informações que você encontra no texto:20
Pai de Romeu Pai do Amigo Pai da Amiga
Veículo  para
transporte
Quando vai para
o trabalho
Roupa  usada
para o trabalho
Profissão
02. Como você chegou à conclusão sobre as profissões dos pais dos amigos de Romeu?
R.:_____________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
03. Por que os amigos de Romeu achavam que trabalhar de ônibus era melhor do que de
carro?
R.:_____________________________________________________________
_______________________________________________________________
04. Quantos anos você acha que as personagens do texto têm? Justifique sua resposta.
R.: Romeu: ________  anos porque__________________________________
_______________________________________________________________
Amiga de Romeu: _______ anos porque ______________________________
_______________________________________________________________
Amigo de Romeu:_______ anos porque _______________________________
_______________________________________________________________
05.  O que Romeu quis dizer com a fala: “É mais ou menos um macacão...”
R.:_____________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________21
06. Desenhe o pai de Romeu vestido para trabalhar:
07. Qual a profissão do seu pai ou da pessoa que cuida de você? Como ela se veste? A
que horas ela sai?
R.:_____________________________________________________________
_______________________________________________________________
08. Existe uma profissão que seja mais importante que a outra? Justifique:
R.:_____________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
09. No texto lido, as reticências indicam que a ideia não está completa, que o leitor deve
completá-la com sua imaginação. Observe outro uso das reticências no texto e compare
com o trecho modificado:
No texto Trecho modificado
a) Como se sente Romeu, quando sua fala, na escrita, é representada assim:
 
                                                                         
b) Como estaria se sentindo Romeu se sua fala fosse representada, na escrita, assim:
                                                                             
ROMEU   O  meu  pai  vai
trabalhar cedo também.
AMIGO  Que horas? Às nove?
ROMEU Não...
AMIGA  Às oito?
ROMEU Não...
AMIGO  Às sete?
ROMEU  Também não...
ROMEU   O  meu  pai  vai
trabalhar cedo também.
AMIGO  Que horas? Às nove?
ROMEU Não!
AMIGA  Às oito?
ROMEU Não!
AMIGO  Às sete?
ROMEU  Também não!
Não...
Não!22
c) Na língua oral, Romeu não falaria do mesmo jeito esses dois “nãos”.  Leia em voz alta
os dois trechos dos quadros, prestando atenção na diferença de entonação, quando você
fala Não... e  Não!
10.  Observe as formas diferentes do “não”.
a) Que dúvida Romeu tem, quando fala “Não...”  ?
R.:_____________________________________________________________
_______________________________________________________________
b) Que certeza o Amigo tem, quando fala “Não!”  ?
R.:_____________________________________________________________
_______________________________________________________________
ATIVIDADE 17
COMO SE FOSSE DINHEIRO
Todos os dias, Catapimba levava dinheiro para a escola para comprar o lanche.
Chegava no bar, comprava um sanduíche e pagava para seu Lucas.
Mas seu Lucas nunca tinha troco:
- Ô menino, leva uma bala que eu não tenho troco.
Um dia Catapimba reclamou de seu Lucas:
- Seu Lucas eu não quero bala, quero meu troco em dinheiro.
- Ora menino, eu não tenho troco. Que é que eu posso fazer?
- Ah, eu não sei! Só sei que quero meu troco em dinheiro!
- Ora, bala é como se fosse dinheiro, menino! Ora essa... (...)
Aí o Catapimba resolveu dar um jeito.
No dia seguinte, apareceu com um embrulhão debaixo do braço. Os colegas qudebam
saber o que era. Catapimba ria e respondia:
- Na hora do recreio, vocês vão ver...
E, na hora do recreio, todo mundo viu.
Catapimba comprou o seu lanche. Na hora de pagar, abriu o embrulho. E tirou de
dentro... uma galinha.
Botou a galinha em cima do balcão.
- Que é isso, menino? – perguntou seu Lucas.
- É pra pagar o sanduíche, seu Lucas. Galinha é como se fosse dinheiro... O senhor
pode me dar o troco, por favor?
Os meninos estavam esperando para ver o que seu Lucas ia fazer.
Seu Lucas ficou um tempão parado, pensando...
Aí colocou umas moedas no balcão:
_ Está aí seu troco, menino!
E pegou a galinha para acabar com a confusão.
No dia seguinte, todas as crianças apareceram com embrulhos debaixo do braço.
No recreio, todo mundo foi comprar lanche.
Na hora de pagar...
Teve gente que queria pagar com raquete de pingue pongue, com papagaio de papel,23
com vidro de cola, com geleia de jabuticaba... (...)
E, quando seu Lucas reclamava, a resposta era sempre a mesma:
- Ué, seu Lucas, é como se fosse dinheiro...
Ruth Rocha. Como se fosse dinheiro. São Paulo, FTD, 1995
Atividades de interpretação:
1)  Quase  sempre  as  histórias  são  contadas  por  um  narrador.  É  ele  que  conta  os
acontecimentos ocorridos. O narrador pode ou não participar da história.
No texto Como se fosse dinheiro, o narrador participa da história como personagem ou
apenas conta fatos vividos pelas personagens? Comprove sua resposta com elementos
do texto.
Registre o que você entendeu da história respondendo às questões referentes:
AO INÍCIO DA HISTÓRIA
Onde se passa a história?
Quem são os personagens da história?
Essa história se passa antigamente ou nos dias atuais?
AO PROBLEMA A SER RESOLVIDO
Qual é o problema da história?
À RESOLUÇÃO DO PROBLEMA
Como o problema foi resolvido?
Suas expectativas foram atendidas quanto ao título e o que você supôs que seria o
tem da história?
Atividades de oralidade:
a) Você acha que essa história poderia ter acontecido de verdade?
b) Em sua opinião, é possível dizer que a iniciativa de Catapimba motivou seus
colegas a também protestarem contra as atitudes de seu Lucas? Por quê?24
ATIVIDADE 18
A publicidade exige  do leitor,  com  freqüência,  a identificação   de  informações
implícitas para a compreensão da mensagem:
Analise o cartaz e responda:
O que o cartaz anuncia?
Que instrumento está representado no cartaz?
Por que o instrumento é representado como uma folha?
É preciso pagar para participar do acontecimento anunciado?
Em que dia vai acontecer e em que período do dia?25
ATIVIDADE 19
GÊNERO TEXTUAL: BILHETE
Edu,
Não posso jogar futebol hoje à tarde com você e a turma no campo. Minha
mãe vai me levar ao dentista. A gente se fala amanhã na escola.
                                       
                                                                                  Toquinho
a) Como é chamado, na sociedade, o texto que você acabou de ler? Assinale com um (x)
a resposta correta:
(   ) Carta
(   ) Bilhete
(   ) Aviso
(   ) Fábula
b) Por que escrevemos textos como esse, ou seja, qual a finalidade dele?
(   ) Fazer um convite.
(   ) Dar um recado.
(   ) Contar um fato.
c) Responda, atentamente, às seguintes questões:
 Quem escreveu o texto?
 Escreveu para quem?
 O que Toquinho tinha combinado com Edu?
 Com quem Toquinho iria jogar bola?
 Por que Toquinho não poderia ir mais jogar bola?
 Quando que Edu e Toquinho se encontrarão novamente?
 Onde os dois costumam conversar?
 Toquinho precisou repassar um recado para Edu e, para isso, selecionou o
gênero bilhete. Por que ele selecionou esse gênero?
 No seu dia a dia, quando você se utiliza do gênero bilhete? Por que esse
gênero é selecionado?
 Qual a relação de interação entre Toquinho e Edu? Assinale com um (x) a
resposta correta:
(   ) colegas       (    ) amigos       (    ) inimigos
 Retire do texto uma expressão que comprove sua resposta da questão anterior.
ATIVIDADE 20
Pirulito e sua troupe!
A noite de estréia é sempre uma função à parte. Todas as atrações são reunidas e
todos se esmeram em fazer o melhor.
Às oito horas em ponto, o Mestre-de-cerimônia entra no picadeiro:
- Respeitável público! O Gran Circo Transcontinental tem a honra de trazer a esta
maravilhosa cidade de Palmares as maiores atrações da Terra. Depois de correr Europa,
América  do  Norte  e  América  do  Sul,  nós,  os  artistas  circenses,  que  fazemos  este26
espetáculo, trazemos a esta belíssima cidade todo o carinho e todo o afeto que podemos
carregar nos corações.
Os tambores rufaram e o público aplaudiu.
No melhor lugar do poleiro, Pedro e Neto caprichavam nas palmas. Estavam com
os pais, também sedentos por qualquer estréia  de qualquer circo.
- Agora iniciaremos o desfile de nossas atrações.
Os tambores voltaram a rufar, numa introdução à banda que atacou o tema de
abertura.  E enquanto o Mestre-de-cerimônia chamava,  iam  entrando no picadeiro as
bailarinas, a mulher barbada que engolia espada, o homem que come fogo,, o atirador de
facas e sua  partner,  o mágico Mister Capa, os cães amestrados, os macacos e sua
domadora, os elefantes, os homens do globo da morte, Cimara e seus irmãos voadores,
os equilibristas, os malabaristas, a rumbeira contorcionista e quando todos pensavam que
estava acabado, o Mestre-de-cerimônia se esgoelou para anunciar:
- PI-RU-LI-TO E SU-A TROU-PE!
Explodiram palmas, para logo depois se fazer o maior silêncio.
Demonstrando um pouco de vergonha o Mestre-de-cerimônia voltou à carga.
- PI-RU-LI-TO E SU-A TROU-PE!
Novas palmas e novamente nada de Pirulito aparecer. Ainda mais sem graça, o
Mestre-de-cerimônia foi até a cortina e gritou.
- Pirulito, deixe de ser preguiçoso que é hora do espetáculo.
Nesse  instante  sai  dos  bastidores  um  calhambeque  caindo  aos  pedaços,
barulhento e jogando fumaça pelo radiador. Na freada, o carro todo se desmanchou e o
público veio abaixo numa gargalhada única.
Pirulito e mais quatro palhaços, dois deles anões, descem e se desculpam.
- Meus senhores e minhas senhoras... – começou a falar o palhaço Chocolate,
quando foi interrompido por Pirulito:
- Pára, pára, pára que ta tudo errado. Deixe que eu faço as apresentações.
Deu uma volta no picadeiro, ajeitou a gravata e começou.
- Minhas senhoras e senhores dos outros...
Nova gargalhada do público.
Estava começando o espetáculo da noite de estréia.
O circo e a alegria tinham verdadeiramente chegado à cidade de Palmares.
Maurício Melo Júnior. O palhaço que perdeu o riso.
Recife, Edições Bagaço, 1993.
Estudo do Texto
1 – Relacione as palavras abaixo aos seus significados.
A – equilibrista                    B – malabarista                  C – contorcionista
(     ) Pessoas que equilibra muitos objetos ao mesmo tempo.
(     ) Pessoa que faz contorções com o corpo.
(     ) Pessoa que se equilibra em posição difícil.
2  –  Assinale  a  alternativa  correta  quanto  ao  significado  das  expressões
destacadas.
a) “... todos se esmeram em fazer o melhor.”
      (     ) se esforçam                                     (     ) sabem
b) “Estavam com os pais, também sedentos por qualquer estréia...”
      (     ) com sede                                         (     ) com desejo27
c) A banda atacou o tema de abertura.
      (     ) agrediu                                             (     ) iniciou
d) “... o Mestre-de-cerimônia voltou à carga.”
      (     ) tentou de novo                                 (     ) foi ver a carga
e) “... o público veio abaixo numa gargalhada única.”
      (     ) despencou de cima                         (     ) caiu
3 – Escreva nos parênteses o sinônimo das expressões destacadas.
na brecada – parceria – auxiliares
“... o atirador de facas e sua partner...”  (..............................................)
“Pirulito e sua troupe!”                          (..............................................)
O carro se desmanchou na freada.        (..............................................)
Compreensão do texto
1 – Por que a noite de estréia é sempre uma função à parte?
2 – Na história, onde está se apresentando o Gran Circo Transcontinental?
3 – Cite duas personagens que ganham destaque no texto.
4 – Qual significado da frase do texto?
      “Pedro e Neto (...) Estavam com os pais, também sedentos por qualquer estréia de
qualquer circo.”
5 – De todos os artistas que foram chamados ao picadeiro, escolha e escreva os de seu
agrado.
6 – Em sua opinião, por que “explodiram palmas” quando o Mestre-de-cerimônia chamou
o palhaço Pirulito?
7 – Descreva o aparecimento de Pirulito ao público.
8 – “O circo e a alegria tinham verdadeiramente chegado à cidade de Palmares.” Por
quê?
Discussão a partir do texto
1 – Conte suas experiências com o circo e ouça atentamente o que seus colegas têm
para lhe dizer.
2 – Troque idéia com seus colegas sobre os artistas que o Mestre-de-cerimônia chamou
ao picadeiro.
3  –  Você  acha  que  o  texto  deixou  claro  que  o  palhaço  é  um  dos  elementos  mais
importantes de um circo? Explique.28
ATIVIDADE 21
MENINO MULTICOLORIDO
Eu sou um menino multicolorido.
É, eu sou de todas as cores por dentro.
Sou misturado. Meu sangue é feito do sangue de muitas raças.
Minha mãe disse que quem tem avós de raças diferentes é mis . . . mis . . .
Esqueci! É um nome complicado. Prefiro pensar que sou multicolorido. Tenho sangue de
francês, de negro, de espanhol e de índio.
Por fora eu sou branquinho, de cabelo claro. Por dentro, sou  europeu, preto,
mulato, mestiço.
Acho que é por esse motivo que eu gosto tanto dos índios do Brasil.
Gosto deles porque eu sou um pedaço índio e porque eles estão deixando de ser
índio por inteiro. É que as pessoas brancas aqui do Brasil,  já faz tempo, que estão
enganando e destruindo eles, os donos da terra.
Eu vi na televisão os índios xavantes em Brasília. Eles  estavam querendo que o
presidente ajudasse todos eles a não desaparecerem.
Fiquei muito aborrecido. Vai chegar o dia em que não vai ter mais índio no Brasil.
Nesse dia, o Brasil vai ficar bem pequenino e não vai mais ser tão bonito, porque
quem faz a nação são as pessoas da terra.
Nesse dia, eu vou ficar triste para sempre. Sei que vou ficar branquinho de raiva.
Alberto Rodrigues Alves
-  Leitura silenciosa; leitura oral pelo professor; leitura individual pelos alunos.
-  Discussão em torno das idéias apresentadas no texto.
Estudo do texto
1) “Eu sou um menino multicolorido.
     É, sou de todas as cores por dentro.”
     A palavra “cores” significa ___________________   .
2) Segundo o próprio menino, como ele era “por dentro”? E por fora?
3) “Acho que é por esse motivo que eu gosto tanto dos índios do Brasil.”
     O motivo a que ele se refere é:
     (   ) Os índios são os donos da terra.
     (   ) Tenho sangue de índio.
     (   ) Os índios são bons.
4) Segundo o texto, os índios estão deixando de ser índio por inteiro. Por que isso está
acontecendo?
5) Os nossos índios vão acabar.
    Transcrever o trecho que mostra as conseqüências desse fato.
6) Copie do texto a frase que fala da reação do menino diante do desaparecimento dos
índios.29
Extrapolação do texto
a) Você também é nação brasileira. Procurar no texto uma frase que afirme isso.
b) O texto diz que os índios são os verdadeiros donos da terra. Você concorda com isso?
Por quê?
Produção
 Escolher um trecho do texto que você achou interessante e fazer a ilustração
correspondente.
 Você deverá redigir uma carta ao “povo brasileiro” , escolhendo uma das opções
propostas:
a) Você é uma criança indígena que se manifesta publicamente nessa comemoração
do “descobrimento” do Brasil pelos portugueses.
b) Você é uma criança que tem consciência dos problemas brasileiros, e manifesta-se
publicamente, expressando seus sentimentos e suas preocupações.
Apresentação dos trabalhos: todos os trabalhos deverão ser apresentados em sala de
aula e expostos em mural no pátio da escola.
ATIVIDADE 22
O sapo e a cobra
Era uma vez um sapinho que encontrou um bicho comprido, fino, brilhante e
colorido deitado no caminho.
- Alô! Que é que você está fazendo estirada na estrada?
- Estou me esquentando aqui no sol. Sou uma cobrinha, e você?
- Um sapo. Vamos brincar?
E eles brincaram a manhã toda no mato.
- Vou ensinar você a pular.
E eles pularam a tarde toda pela estrada.
- Vou ensinar você a subir na árvore se enroscando e deslizando pelo tronco.
E eles subiram.
Ficaram com fome e foram embora, cada um para sua casa, prometendo se
encontrar no dia seguinte.
- Obrigada por me ensinar a subir na árvore.
Em casa, o sapinho mostrou à mãe que sabia rastejar.
- Quem ensinou isso para você?
- A cobra, minha amiga.
- Você não sabe que a família Cobra não é gente boa? Eles têm veneno. Você está
proibido de brincar com cobras. E também de rastejar por aí. Não  fica bem.
Em casa, a cobrinha mostrou à mãe que sabia pular.
- Quem ensinou isso a você?
- O sapo, meu amigo.30
- Que besteira! Você não sabe que a gente nunca se deu com a família Sapo? Da
próxima vez, agarre o sapo e... bom apetite! E pare de pular. Nós, cobras, não fazemos
isso.
No dia seguinte, cada um ficou na sua.
- Acho que não vou rastejar com você hoje.
A cobrinha olhou, lembrou do conselho da mãe e pensou: “Se ele chegar perto, eu
pulo e devoro ele”.
Mas lembrou-se da alegria da véspera e dos pulos que aprendeu com o sapinho.
Suspirou e deslizou para o mato.
Daquele dia em diante, o sapinho e a cobrinha não brincaram mais juntos. Mas
ficavam sempre ao sol, pensando no único dia em que foram amigos.
Lenda africana ( Compilação de Willian J. Bennet e tradução de Luiz Raul Machado)
Atividades
a) Procure o significado de deslizar e estirada, e registre no caderno.
b) Em que sentido a palavra estirada foi usada no texto?
c) Que outro título você daria ao texto?
d) Quem está contando a história  participa dela? Como você descobriu?
e) “Acho que não posso rastejar com você”. Quem disse isso e por quê?
f) Por que, mesmo aconselhada pela mãe, a cobrinha não engoliu o sapo?
g) Segundo a lenda, após conversarem com suas respectivas mães, o sapinho e a h)
cobrinha nunca mais brincaram juntos. Explique o porquê disso:
i) A sua família conhece e gosta de seus amigos?
j) Quais são as brincadeiras de que você participa?
ATIVIDADE 23
Leitura Verbal e Não Verbal
 FUI31
NÃO DEIXE A NATUREZA IR EMBORA.
Pássaros, plantas e animais que sempre habitaram nossas florestas estão sendo
extintos ou isolados em pequenas manchas de verde, cercadas de cidades por todos os
lados.
Nosso oxigênio também está indo embora.
É um adeus invisível, mas sensível. Sem árvores, nossas fontes estão secando,
silenciosas vítimas da erosão provocada pelo desmatamento. Você pode ajudar a reverter
esse quadro através do site www.click.com.br, um programa de reflorestamento inédito no
país. Você dá um click e uma muda de árvore nativa da Mata Atlântica é plantada em seu
nome. Facilmente, gratuitamente. Dê um click e plante uma árvore agora  mesmo. Antes
que a natureza desapareça.
Superinteressante, São Paulo, nº 170, 2001.
Leitura e Interpretação oral/escrita:
a) Com base no texto, é possível identificar o assunto de que o texto trata? Que
assunto é esse?
b) “Não deixe a natureza ir embora”. A quem o autor se dirige ao escrever esta
frase? O que quer enfatizar com o título?
c) Que elementos da natureza citados no texto, estão sendo extintos ou isolados?
d) Que espécie de pássaro mora no ninho que você vê na gravura. Porque ao lado
do ninho, há uma placa contendo a palavra FUI? Qual o sentido desta palavra
no contexto?
e) Na frase “Dê um click e plante uma árvore”, sublinhe os verbos que indicam
ação.
f) Explique o sentido da frase: “É um adeus invisível, mas sensível”.
ATIVIDADE 24
HAVIA UM MENINO
Havia um menino,
que tinha um chapéu
para pôr na cabeça
por causa do sol.
Em vez de um gatinho
tinha um caracol.
Tinha o caracol
dentro de um chapéu;
fazia-lhe cócegas
no alto da cabeça.32
Por isso ele andava
depressa, depressa
pra ver se chegava
a casa e tirava
o tal caracol.
do chapéu, saindo
de lá e caindo
o tal caracol.
Mas era, afinal,
impossível tal,
nem fazia mal
nem vê-lo, nem tê-lo:
porque o caracol
era do cabelo.
Fernando Pessoa
Estratégia para leitura e a discussão do texto
Depois que os alunos tiveram lido silenciosamente a poesia, o professor pode
contar  um  pouco  da  vida  de  Fernando  Pessoa  e  sua  importância  para  a  literatura
portuguesa. Em seguida, faz uma discussão informal para que os alunos possam dizer o
que entenderam e sentiram com a leitura do poema.
Concluída a discussão cada aluno desenha o menino que imaginou e depois,
reunidos em equipe, respondem as questões:
a) Qual é o sentido de caracol que o poema nos leva a imaginar?
b) Leia o poema em voz alta, observando quantas palavras apresentam os sons al, el, ol.
Por que você acha que esses sons aparecem tantas vezes ao longo do poema?
c) Você gostou desse poema de Fernando Pessoa? Por quê?
d) Escreva agora um poema.
ATIVIDADE 25
Leia esta tirinha da cartunista Chantal:33
1 – Uma tirinha é uma pequena narrativa. Então, em relação à tirinha acima, identifique,
em seu caderno:
a) personagens
b) espaço (local)
c) tempo
2 – Uma tirinha tem de condensar uma história em alguns poucos quadrinhos. No caso
dos quadrinhos de Chantal:
a) Qual é o fato inicial?
b) A reclamação do aluno gera um outro fato. Qual é ele?
c) Esse segundo fato resolve o problema? Explique.
d) Observe que há uma gradação na reclamação do aluno: primeiramente ele está com
frio, depois ele é alérgico ao giz. Por fim, qual é a última reclamação do aluno?
e) Para resolver os problemas anteriores, o professor mudou o aluno de lugar. E para
solucionar este último problema, o que faz o professor?
f) Releia o último quadrinho. O que há de inesperado no desfecho da história?
g) O que se deduz dessa última fala?
ATIVIDADE 26
DOIS BEIJOS
O príncipe desencantado
O  primeiro beijo foi dado por um  príncipe  numa princesa que estava  dormindo
encantada há cem anos. Assim que foi beijada, ela acordou e começou a falar:
_ PRINCESA – Muito obrigada, querido príncipe. Você por acaso é solteiro?
_ PRÍNCIPE – Sim, minha querida princesa.
_ PRINCESA – Então nós temos que nos casar, já! Você me beijou, e foi na boca,
afinal de contas não fica bem, não é mesmo?
_ PRÍNCIPE – É... Querida princesa.
_ PRINCESA – Você tem um castelo, é claro.
_ PRÍNCIPE – Tenho... princesa.
_ PRINCESA – E quantos quartos tem o seu castelo, posso saber?
_ PRÍNCIPE – Trinta e seis.
_ PRINCESA – Só? Pequeno, hein! Mas não faz mal, depois a gente faz umas
reformas... Deixa eu pensar quantas amas eu vou ter que contratar... Umas quarenta eu
acho que dá!
_ PRÍNCIPE – Tantas assim?
_ PRINCESA – Ora, meu caro, você não espera que eu vá gastar as minhas unhas
varrendo, lavando e passando, não é?
_ PRÍNCIPE – Mas quarenta amas!
_ PRINCESA – Ah, eu não quero nem saber. Eu não pedi para ninguém vir aqui me
beijar, e já vou avisando que quero umas roupas novas, as minhas devem estar fora da
moda; afinal passaram-se cem anos, não é mesmo? E quero uma carruagem de marfim,
sapatinhos de cristal e... e... joias, é claro! Eu quero aneis, pulseiras, colares, tiaras,
coroas, cetros, pedras preciosas, semipreciosas, pepitas de ouro e discos de platina!
_ PRÍNCIPE – Mas eu não sou o rei das Arábias, sou apenas um príncipe...34
_ PRINCESA – Não venha com desculpas esfarrapadas! Eu estava aqui dormindo e
você veio e me beijou e agora vai querer que eu ande por aí como uma gata borralheira?
Não, não e não, e outra vez não e mais uma vez não!
Tanto a princesa falou que o príncipe se arrependeu de ter ido até lá e a beijado.
Então teve uma idéia.
Esperou a princesa ficar distraída, se jogou sobre ela e deu outro beijo, bem forte. A
princesa  caiu  imediatamente  em  sono  profundo,  e  dizem  que  até  hoje  está  lá,
adormecida. Parece que a notícia se espalhou, e os príncipes passam correndo pela
frente do castelo onde ela dorme, assobiando e olhando para o outro lado.
Flávio de Souza. Príncipes e princesas, sapos e lagartos. São Paulo: FTD, 1989.
A leitura será proposta logo após uma abordagem reflexiva sobre a questão do
consumismo. Deve ser dramatizada e para isso o professor deve cuidar para que os
leitores do texto pronunciem bem as palavras, dê entonação  e regule o volume da voz de
acordo  com  o  tamanho  da  sala,  para  que  toda  classe  possa  ouvir  sem  que  seja
necessário acompanhar no próprio livro. Os ouvintes devem ficar livres para assistir aos
gestos e mímicas dos dramatizadores do texto. O momento é oportuno para trabalhar a
oralidade  do  aluno  e  a  linguagem  oral.  Propor  para  que  a  história  seja  recontada
oralmente em conjunto. O professor começa.
Quanto à interpretação será realizada por meio de pequenos grupos de alunos.
Estes deverão investigar o vocabulário, discutir, formulando uma síntese da resposta do
grupo (orientado pelo professor). Cada grupo deverá escolher um colega para apresentar
as respostas sintetizadas à classe. Após cada apresentação pode-se escolher um aluno
de outro grupo para avaliar a resposta dada, concordando, discordando ou ampliando as
idéias expressas.
Interpretação:
1- O que mais chamou a sua atenção no texto?
2- Que sentimento(s) a atitude da princesa ao acordar despertou no príncipe? Por quê?
3- O que nos faz lembrar a primeira frase do texto?
4- Por que o texto recebeu o subtítulo “O príncipe desencantado”?
5- Você sabe o que é um conto de fadas? Explique.
6- Que características do texto o aproximam de um conto de fadas?
7- Que características da princesa dessa história a diferenciam das outras que você
conhece por meio dos contos de fadas?
8- Na sua opinião:
a) por que a princesa faz tantos pedidos?
b) a princesa errou ao tomar essa atitude? Por quê?35
c) foi justo o que ocorreu com a princesa no final da história? Justifique sua opinião.
9-Se você estivesse no lugar da princesa, o que pediria? Que “sonho de consumo”
desejaria ver realizado? O que gostaria de ganhar?
10- Você sabe o que é ser ambicioso? Você acha que a princesa foi ambiciosa?
11- Você é uma pessoa ambiciosa? Quais as suas maiores ambições na vida?
12- Pense e responda:
a) Você acha que as pessoas mais felizes do mundo são aquelas que mais possuem bens
materiais, como uma grande casa, um carro do ano, muito dinheiro em banco, etc.? Por
quê?
b) O que precisamos consumir para sermos felizes?
c) Na sua opinião, qual é o bem mais precioso do mundo?
ATIVIDADE  27
O AMOR
O amor é como duas borboletas que estivessem sobre uma rosa,
a mais linda de todas do jardim.
O amor tem que haver.
Se não houvesse amor não havia nada bonito.
O amor são duas estrelas a brilhar, a brilhar.
A rosa e o sol são o amor.
Amor é poesia.
O amor são dois passarinhos a construir a sua casinha.
O amor é não haver polícias.
Inácio da Silva Cruz, 10 anos.
Maria Rosa Colaço. A criança e a vida.
Interpretação:
a) Para definir o amor, o autor estabelece várias comparações. A que o autor
compara o amor?
b) Retire do texto passagens que sugerem as seguintes sensações:
-  beleza:
-  carinho:
-  liberdade:
c) Por que o autor relaciona o amor a dois seres da natureza: “duas borboletas”,
“duas estrelas”, “a rosa e o sol”, “dois passarinhos”?
d) O autor conclui que “o amor é não haver polícias”. Por quê?
e) Você concorda com a afirmação do texto de que “Se não houvesse amor não
haveria nada bonito”? Justifique sua resposta.
f)  Muitas  pessoas  afirmam  que  no  mundo  atual  não  existe  mais  amor.  Você
concorda com essas pessoas?
g) Para você o que é o amor?36
h) Observe:
“O amor são duas estrelas a brilhar, a brilhar”.
“O amor são dois passarinhos a construir a sua casinha”.
Para  sugerir  o  que  é  o  amor,  o  autor  compara  a  “duas  estrelas”  e  a  “dois
passarinhos”. Faça o mesmo com os seguintes sentimentos:
A liberdade -
A tristeza -
A felicidade -
A paz -
h) “O amor são dois passarinhos a construir a sua casinha”. Nesses versos, o uso
do diminutivo sugere:
(  ) tratamento pequeno        (  ) carinho        (  ) ironia
ATIVIDADE 28
MAIS PRA LÁ DO QUE PRA CÁ
Adaptação Flavia Muniz
Na casa do Andrezinho havia jogo toda quarta-feira.
Neste dia seus pais recebiam outro casal que também morava na vila e iam até
tarde, jogando buraco. Mas o André só atrapalhava mesmo. Ficava o tempo todo pedindo
isto, aquilo, beliscando a irmã, atormentando a empregada, fazendo bagunça.
– O  Olhe que lhe dou um safanão bem na frente das visitas! – ameaçava a mãe.
– Não brigue com ele, isso é coisa de criança! – diziam as visitas.
Até o dia em que o pai chegou com um vídeo game embrulhado num pacotão. Que
alegria. Andrezinho nunca mais deu trabalho. Ficava horas a fio sentado na frente da TV,
tentando aumentar seu número de pontos. Não jantava direito, nem fazia a lição com
tanto capricho, só para acabar depressa e ir correndo desafiar o jogo.
Dessa forma, a família de Andrezinho conseguiu o merecido sossego, achando
ótimo o avanço tecnológico de hoje em dia.
I. TRABALHANDO O CONTEÚDO DO TEXTO
1. Responda:
a) Por que o nome do menino é utilizado no diminutivo? Em que outras situações se
emprega o nome próprio no diminutivo?
b) Qual era o problema dos pais de Andrezinho?
c) Como o problema foi solucionado?
d) O que você achou da solução encontrada pelos pais do menino?
2. Assinale a resposta certa com um x:
Avanço tecnológico é:
(  ) a criação de vídeo games
(  ) progresso em novas tecnologias e conhecimentos
(  ) descoberta de novas vacinas para prevenir doenças
3. Que espressão na fala da mãe representa sua impaciência com o menino/
4. Dê sua opinião:
a) O “safanão” resolve os problemas? Justifique.
b) Você acha que os jogos eletrônicos são sempre educativos? É bom que as crianças
fiquem durante muitas horas jogando no vídeo game ou computador? Explique.37
II. ANALISANDO A ESTRUTURA DO TEXTO
1. Quantos parágrafos têm a história?
2. Faça um círculo e releia:
- o parágrafo que inicia a narrativa.
- o parágrafo que termina a narrativa.
3. Copie o trecho do desenvolvimento da narrativa em  que há um  conflito entre os
personagens.
ATIVIDADE 28
O menino rico
Nunca tive brinquedos.
Brinco com as conchas do mar
E com a areia da praia.
Brinco com as canoas dos coqueiros
Derrubadas pelo vento.
Faço barquinhos de papel
Visto-me com os raios do luar.
Nas águas da enxurrada.
Brinco com as borboletas.
Nos dias de sol
E nas noites de lua cheia
Visto-me com os raios do luar.
Na primavera teço coroas de flores perfumadas
As nuvens do céu são navios,
são bichos, são cidades.
Sou o menino mais rico do mundo
Porque brinco com o Universo
Porque brinco com o Infinito.
Maria Alice do Nascimento e Sílvia Leuzinger, O diário de Marcos Vinícius.
Rio de janeiro, Nova Fronteira, 1982.
Sugestões de atividades:
a) Quem é o autor e qual o ano de publicação do texto?
b) Qual a mensagem que o texto transmite?
c) Quais as ações que o menino desempenha?
d) Que palavra a expressão “me” em “Visto-me”  está substituindo?
e) Na frase “Na primavera teço coroas de flores perfumadas”,  qual o significado da
palavra “teço”? É possível substituí-la por outra, sem que a frase mude de sentido?
f) O autor escreve: “Nunca tive brinquedos”. Se mais de uma pessoa falasse esta frase,
como ela ficaria?38
ATIVIDADE 29
ATIVIDADE DE LEITURA REFERENTE À HISTÓRIA EM QUADRINHOS
1. O  texto  acima  é  uma  história  em  quadrinhos.  Aponte  pelo  menos  três
características desse tipo de texto (o que ele apresenta que o faz ser uma história
em quadrinhos?).
2. O jeito de falar e mesmo as roupas de alguns personagens identificam o lugar onde
eles vivem. Que lugar é esse?39
3. No primeiro e no último quadrinho, Chico Bento e Zé Lelé apresentaram a mesma
expressão facial, ou seja, “cara”. Que acontecimentos os fez ficar desse jeito?
4. Observe as falas de Zé Lelé e Chico Bento, você acha que em um trabalho de
pesquisa escolar eles podem escrever do mesmo jeito que falam? Por quê?
5. Explique por que o balão que contém a risada de Zé Lelé é diferente dos outros
que indicam as falas dos personagens.
6. No último quadrinho, a “cara” de Zé Lelé indica a reação dele ao ficar sabendo que
também tinha tirado zero. Que sentimentos a expressão facial demonstra?
ATIVIDADE 30
A Bola
O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao
ganhar a sua primeira bola do pai. Um número 5 sem tento oficial de couro. Agora não era
mais de couro, era de plástico. Mas era uma bola.
O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse "Legal!". Ou o que os garotos
dizem hoje em dia quando não gostam do presente ou não querem magoar o velho.
Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa.
- Como e que liga? - perguntou.
- Como, como é que liga? Não se liga.
O garoto procurou dentro do papel de embrulho.
- Não tem manual de instrução?
O pai começou a desanimar e a pensar que os tempos são outros. Que os tempos
são decididamente outros.
- Não precisa manual de instrução.
- O que é que ela faz?
- Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela.
- O quê?
- Controla, chuta...
- Ah, então é uma bola.                                                  
- Claro que é uma bola.
- Uma bola, bola. Uma bola mesmo.
- Você pensou que fosse o quê?
- Nada, não.
O garoto agradeceu, disse "Legal" de novo, e dali a pouco o pai o encontrou na
frente da tevê, com a bola nova do lado, manejando os controles de um videogame. Algo
chamado Monster Baú, em que times de monstrinhos disputavam a posse de uma bola
em forma de blip eletrônico na tela ao mesmo tempo que tentavam se destruir
mutuamente.
O garoto era bom no jogo. Tinha coordenação e raciocínio rápido. Estava
ganhando da máquina. O pai pegou a bola nova e ensaiou algumas embaixadas.
Conseguiu equilibrar a bola no peito do pé, como antigamente, e chamou o garoto.
- Filho, olha.
O garoto disse "Legal" mas não desviou os olhos da tela.
O pai segurou a bola com as mãos e a cheirou, tentando recapturar mentalmente o
cheiro de couro. A bola cheirava a nada.40
Talvez um manual de instrução fosse uma boa ideia, pensou. Mas em inglês, para
a garotada se interessar.
                                (Luis Fernando Veríssimo. Comédia para se ler na escola. Rio de Janeiro. Objetiva.)
Atividades:
1. De onde foi retirada a crônica  “ A bola “? Pelo título do livro, que outros textos o livro
traz?
2. Com que intenção Luis Fernando Veríssimo escreveu essa crônica? Identifique as
opções corretas:
a) Refletir sobre o comportamento de crianças que preferem ficar solitárias na frente de
um videogame.
b) Convencer o leitor de que todos devem brincar somente de videogame.
c) Fazer o leitor pensar que o excesso de videogame e televisão pode gerar desinteresse
por outras brincadeiras antigas e interesses como brincar de bola, por exemplo.
d) Dizer que brincar de bola é brincadeira do passado.
3. Quando o pai deu a bola de presente ao filho, que reação ele esperava que o menino
tivesse? Por quê?
4. Releia o trecho:
“ - Como é que liga? Perguntou.
  - Como, como é que liga? Não se liga.
O garoto procurou dentro do papel de embrulho.
  - Não tem manual de instrução? “
Pela reação do menino, o que você acha que ele pensou que fosse a bola?
5. A palavra Legal aparece entre aspas em três momentos no texto.
a) Por que ela aparece entre aspas?
b) Pelo modo como se comportava o menino ao pronunciá -la pela primeira vez, que
sentimento foi revelado?
6. Como o pai se sentiu o pai ao perceber a reação do menino ao pronunciá-la pela
primeira vez, que sentimento foi revelado?
7. Qual foi a intenção do pai quando começou a fazer embaixadas?
8. Escreva como você reagiria se estivesse no lugar do menino.
9. O que é manual de instrução ? Faça uma lista de objetos que costumam trazê-lo.
10. Em quanto tempo o fato narrado provavelmente aconteceu? Justifique sua resposta. 41
ATIVIDADE 31
1. Os dois animais tornaram-se amigos? Por quê?
2. Caracterize o local onde passa a história.
3. Copie do texto os trechos que correspondem à situação inicial da narrativa e ao início
do conflito.
4. Por que você acha que a raposa e o galo foram escolhidos como personagens dessa
história?
5. Quais foram as estratégias da raposa para enganar o galo?
6. Qual foi a intenção do galo ao falar que estava vendo uma matilha?
7. O que você achou da atitude do galo?42
8. Observe o trecho:
“ – O que é isso prima? – disse o galo. – Por favor, não vá ainda!
Já estou descendo!”
9. O galo realmente considera a raposa como sua prima?
10. Ele realmente não quer que ela vá embora?
11. Justifique suas respostas anteriores.
12. Explique qual moral do texto, de acordo com a história.
13. Você concorda com a moral dessa fábula? Justifique sua resposta.
ATIVIDADE 32
O BIHETE DE AMOR
(Elias José)
Logo que colocou os objetos embaixo da carteira, Pitu encontrou o bilhete. Leu,
ficou vermelho, colocou no bolso, não mostrou para ninguém. De vez em quando, mordialhe uma curiosidade grande, uma vontade de reler para ter certeza. Era uma revelação
que  ele  não  estava  esperando.  Não  podia  dizer  que  estivesse  achando  ruim,  pelo
contrário... Ele estava com vontade de olhar para trás, para as últimas carteiras e procurar
por uma resposta com o olhar. Era um tímido e não se encorajava. A professora explicava
num mapa as regiões do Brasil e ele viajava num rumo diferente. Ainda bem que ela não
estava olhando para ele, nem fazendo perguntas, só estava expondo a matéria. Na hora
da verificação, acabaria saindo-se mal. Não gostava de ignorar as coisas perguntadas. Só
não se saia muito bem quando se tratava de fazer contas de números fracionários. A
professora mesma dizia-lhe que em Português e matéria de leitura e entendimento ele se
saía bem; mas nos cálculos tinha dificuldades.
Agora estava distante, pensava em poesias românticas, em música sentimental.
Estava meio perdido nos pensamentos confusos. O bilhete queimando no bolso. Uma
vontade de relê-lo, palavra por palavra. Interessante, não era um bilhete bem escrito,
tinha até erro de Português - porque a curiosidade? Só ele sabia dele, não foi como no dia
do  correio-elegante,  pai,  mãe  e  seu  Francisco  do  armazém  querendo  saber,  dando
palpites.  Agora  tinha  um  bilhete  e  era  diferente.  Tinha  um  bilhete  que  trazia  uma
declaração de amor e uma assinatura. Trazia mais: trazia um convite para um bate-papo
na praça, às duas horas, se ele quisesse namorar de verdade. Marina era bonitinha, ele
queria. Falta-lhe jeito de dizer, tinha que escrever um bilhete respondendo, era mais fácil.
No intervalo, escreveu o bilhete, fechado no banheiro. Quando ela chegou, a resposta a
esperava na carteira.
Quase no fim da aula, ele criou força e olhou para trás. Marina sorria, confirmando.
Ele sorria também. Diversas vezes, ele olhou pra trás e a encontrou olhando. Trocaram
sorrisos e olhares. Os dois estavam vivendo uma ternura primeira e não sabiam escondê-
la mais. Tanto assim que a professora pediu que ele virasse pra frente, observando o que
estava  pedindo  pra  pesquisa  do  fim  de  semana.  Naquele  fim  de  semana,  ele  iria
pesquisar alguma coisa nova que não tinha experimentado, como alguns outros de sua
idade e turma.
1. O autor do texto nos conta um momento da vida de uma pessoa. Qual é o nome dessa
pessoa?43
2. Como você definiria essa pessoa?
(    ) Um garoto esperto.
(    ) Um menino tímido.
(    ) Uma criança apaixonada.
(    ) Um menino estudioso.
3. Ao encontrar o bilhete, a personagem realiza duas ações. Quais?
(    ) entrou na classe e colocou os objetos na carteira.
(    ) olhou para trás e procurou uma resposta com o olhar.
(    ) leu e colocou o bilhete no bolso.
4. Copie a frase em que o autor informa que Pitu pretende guardar segredo do bilhete.
5. Quando Pitu encontrou o bilhete?
6. Qual foi a reação de Pitu ao ler o bilhete?
7. Pitu queria olhar para trás.
a) Por quê?
b) Por que não o fez?
8. Após ter lido o bilhete, Pitu não conseguia prestar atenção à aula. Que frase do texto
informa isso?
9. Por que para Pitu esse bilhete tinha um significado especial?
10. Através das pistas do texto, quem poderia ter mandado o bilhete para Pitu? Por quê?
11. O que você acha que seria esta revelação que Pitu não estava esperando?
12.Além do bilhete, que outras formas as pessoas utilizam para mandar recados? Qual é
mais usada?
13. Em sua sala de aula, esse tipo de comunicação acontece? O que você acha de
alunos que trocam bilhete durante a aula?
14. Você já recebeu algum bilhete? Como foi sua reação?
15. O bilhete como todo tipo de texto tem uma estrutura. Você sabe qual é a estrutura do
bilhete? Escreva um bilhete para seu colega de sala.
16. Pesquise o significado da palavra anônimo e responda: O que é um bilhete anônimo?
17. O bilhete que Pitu recebeu é anônimo ou não? Comprove com uma passagem do
texto.
18. O texto não revela o conteúdo do bilhete. Escreva o que você acha que estava escrito
no bilhete.44
ATIVIDADE 33
O lobo e o cordeiro
Monteiro Lobato
Estava o cordeiro a beber água num córrego, quando apareceu um lobo esfaimado,
de horrendo aspecto.
─ Que desaforo é esse de turvar a água que venho beber? ─ disse o monstro,
arreganhando os dentes. ─ Espere que vou castigar tamanha má-criação!...
O cordeirinho, trêmulo de medo, respondeu com inocência:
─ Como posso turvar a água que o senhor vai beber se ela corre do senhor para
mim?
Era verdade aquilo e o lobo atrapalhou-se com a resposta, mas não deu o rabo a
torcer.
─ Além disso ─ inventou ele ─ sei que você andou falando mal de mim no ano
passado.
─ Como poderia falar mal do senhor o ano passado, se nasci este ano?
Novamente confundido pela voz da inocência, o lobo insistiu:
─ Se não foi você foi seu irmão mais velho, o que dá no mesmo.
─ Como poderia ser seu irmão mais velho, se sou filho único?
O lobo, furioso, vendo que com razões claras não venceria o pobrezinho, veio com
razão de lobo faminto:
─ Pois se não foi seu irmão, foi seu pai ou seu avô!
E ─ nhoque ─ sangrou-o no pescoço.
Contra a força não há argumentos.
1. O texto que você acabou de ler:
( a  ) é uma crônica em que o autor trata de um assunto do dia-a-dia.
( b  ) é uma fábula, isto é, uma pequena história com um ensinamento moral.
( c ) é uma página de diário, isto é um caderno onde a pessoa anota, diariamente, fatos,
opiniões, sentimentos, etc. que ela considera importantes em sua vida.
2. Quais são as personagens do texto?
3. Onde essa história acontece?
4. O lobo e o cordeiro, sendo animais, são personagens do texto porque:
(  a  )  antigamente os animais falavam.
(  c  )  o texto fala sobre eles.
( b )  na história, eles agem, falam e raciocinam como se fossem pessoas.
5. O autor caracteriza o lobo como:
( a ) um animal de aspecto horrível, cruel, ruim, injusto.
( b ) como um animal carnívoro e que, portanto, se alimenta de outros animais.
(  c  ) um animal muito faminto, apenas.
6.  O autor caracteriza o cordeiro como:
( a ) um animal inocente, que se defende  com respostas e argumentos45
justos.
( b ) um animal desaforado, que não sabe respeitar os outros.
( c ) como um animal fofoqueiro, que gostava de falar mal da vida dos outros.
7. As respostas e os argumentos que o cordeiro apresentou ao lobo:
( a ) eram sem fundamento, sem motivo, sem razão.
( b ) foram respostas com fundamento, válidas e justas.
( c ) eram respostas que o lobo não conseguia entender.
8. Observando as respostas que o cordeiro deu ao lobo, podemos perceber que ele tratou
bem ao lobo. Que palavra aparece repetida nas respostas do cordeiro, provando esse
bom tratamento?
9. O lobo e o cordeiro foram ao mesmo córrego. Com que finalidade ( motivo )cada um se
dirigiu para lá?
10. No final da história, quando o cordeirinho foi devorado pelo lobo, o autor quis sugerir
que:
(  a  )  a força sempre vence a razão.
( b ) nem sempre quem tem razão vence uma disputa.
(  c  ) podemos explorar os mais fracos.
ATIVIDADE 34
Essas atividades estão em forma de relato, mas são interessantes e podem
ser utilizadas nas SAA.
A sugestão de atividade de leitura escolhida é um texto não-verbal. É bastante
completa, pois podemos aplicar quase todas as sugestões de atividades tanto de leitura
quanto  de  questões  propostas  pelos  autores  do  texto  estudado.  É  um  texto  em
quadrinhos,  somente  com  imagens,  porém  não-fragmentado,  a  situação  de  leitura  é
próxima  de  uma  situação  real  da  sociedade  (poluição  provocada  por  indústrias),
possibilita interpretações diferenciadas, explora o conhecimento prévio do aluno, propõe
um atividade de produção textual oral e até mesmo escrita, pode ser sintetizado pelo
aluno.
MOTIVAÇÃO: No dia anterior, separei com a bibliotecária livrinhos com histórias nãoverbais, ou seja, aqueles que os alunos precisam fazer leitura das imagens para entender
a  história.  Preparei um  ambiente bem  descontraído  com  tapetes,  almofadas  e livros
espalhados pela sala. Os alunos chegaram e foram escolhendo o livro que quisessem. Ao
observar que não havia palavras, alguns alunos estranharam e disseram até que não
havia nada o que ler. Expliquei, então, que a leitura deveria ser feita por meio das
imagens. Em seguida, convidei alguns alunos para “lerem” a sua história para os demais.
Alguns não quiseram. Depois, eles trocaram os livros entre si. Para os alunos que não
quiseram ler em voz alta, pedi que contassem a história só para mim. Pude perceber,
nessa  etapa,  várias  dificuldades  que  possuíam  tanto  na  compreensão  quanto  na
oralidade.46
OBJETIVOS: Compreender uma história em quadrinhos não-verbal; produzi-la oralmente
e por escrito.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
1. Entreguei aos alunos a HQ (história em quadrinhos) não-verbal, pedi que fizessem uma
leitura, visto que os mesmos já conheciam a possibilidade de ler as imagens.
2. Verifiquei a compreensão dos alunos, pedindo que contassem o que entenderam,
primeiro individualmente, percebendo as dificuldades de cada um. Depois, fiz um círculo e
pedi que comparassem as leituras, com o objetivo de chegarem a uma interpretação
coletiva, por meio de consenso.
3.  Elaborei  algumas  questões  para  que  respondessem  em  duplas,  a  fim  de  que
percebessem que o tema tratava-se de uma situação comum na sociedade. Entre as
questões pedi que dessem um título ao texto.
4. Individualmente, solicitei que produzissem a narrativa com a linguagem verbal.
FECHAMENTO:
Entreguei  gibis  e  pedi  que  cada  um  encontrasse  HQs  não-verbais,  lessem  e
contassem aos colegas. Fui acompanhando e interferindo sempre que necessário. Pude,
ainda, verificar o progresso dos alunos e as dificuldades de alguns, a fim de elaborar
outras estratégias para ajudá-los a saná-las.
ATIVIDADE 35
Você já notou quanta coisa nós lemos todos os dias? No caminho para a escola, por
exemplo,  lemos  placas  de  ruas,  sinais  de  trânsito,  cartazes  e  faixas,  nomes  de
estabelecimentos comerciais... E, se vamos ao supermercado, lemos nomes de marcas,
preços, datas de validade e até nota fiscal! Antes de uma viagem, é comum precisarmos
consultar um mapa e, para saber como vai estar o tempo no dia de um passeio com os
amigos, procuramos a seção de previsão do temo no jornal ou, simplesmente, damos
uma olhada nas nuvens – pois isso também é ler.
Além  disso  tudo,  claro,  lemos  histórias  em  quadrinhos,  livros,  revistas.  Vivemos
mesmo num mundo para ser lido e compreendido.
Veja,  a  seguir,  um  exemplo  de  leitura  comum  no  dia-a-dia.  Depois  responda  às
questões:47
1.De onde foram tirados os gráficos reproduzidos nesta página?
R: De um folheto publicado pela Eletropaulo.
2.De acordo com o primeiro gráfico, qual setor precisaria economizar menos energia?
R: O setor rural.
3.Em uma casa, o que gasta mais energia? O que gasta menos?
R: Mais: chuveiro e geladeira; menos: lavadora.
4. E num escritório?
R: Mais: ar-condicionado; menos: elevadores e bombas.
5.Além  dos  números,  a  que  outros  recursos  você  recorreu  para  responder  a  essas
perguntas?
R:  Espera-se que os alunos percebam que podem recorrer aos aspectos visuais dos
gráficos: as cores, que diferenciam os itens sobre os quais são dadas informações, o
tamanho das colunas, no terceiro gráfico, e das “fatias”, no primeiro e segundo gráficos.
ATIVIDADE 36
Garota de Ipanema
Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça...
Moça do corpo dourado
Do sol de Ipanema
O seu balançado
É mais que um poema
É a coisa mais linda
Que eu já vi passar...
(Composição de Vinicius de Moraes e Tom Jobim. Gravação Philips, 1963)48
1) Uma poema é composto por:
a)estrofes e linhas;
b) parágrafos e estrofes;
c)versos e estrofes;
d)linhas e versos.
2) O assunto principal do texto é:
a) exaltar as mulheres;
b) menosprezar as mulheres;
c) provocar as mulheres;
      d) ridicularizar as mulheres.
   
ATIVIDADE 37
Saúde e bem-estar
Exercícios físicos
Os exercícios aumentam a disposição geral das
pessoas, porque ajudam na produção de
substâncias como a endorfina, que funciona
como analgésico natural. No mínimo, faça uma
boa caminhada ligeira de 15 minutos pela
manhã. Isso ajuda na circulação e pode eliminar
sintomas de depressão.
Muitas pessoas preferem o ambiente moderno e
descontraído das academias de ginástica, que
trazem vantagens como segurança,
acompanhamento especializado e aparelhos de
ponta que contam com manutenção periódica.
Mas, os especialistas lembram que qualquer
exercício é válido, desde que fique dentro dos
limites físicos da pessoa e seja prazeroso para
quem o pratica. Por isso, aproveite. Mas sem
exageros!
Alimentação
Se o corpo é uma máquina, é nos
alimento que pegamos nosso
combustível para o dia-a-dia. Por isso
a qualidade do que comemos é tão
importante. Evite consumir gordura,
álcool, açúcar e sal em excesso.
Prefira uma alimentação baseada em
frutas, verduras e vegetais frescos.
Mantenha uma dieta equilibrada, sem
abusar de grandes variações nas
calorias consumidas.
EDITEL PUBLICAR, 2008 nº 8226-ANO 21-
EDIÇÃO 08
1) Os textos acima dão as dicas de como fazer para ter uma vida saudável, cheia de
disposição e com qualidade de vida. O segredo está na adoção de hábitos simples e na
determinação em segui-los. O objetivo dos textos lidos é:
a) criticar;
b) conscientizar;49
c) comentar;
d) divertir.
2) Ambos os textos alertam para:
a) Necessidade de se freqüentar uma academia;
b) Dicas para se ter uma vida saudável;
c) Exercícios físicos são prejudiciais;
d) Incentivo ao consumo de alimentos gordurosos.
1) “Evite consumir gordura, álcool, açúcar e sal em excesso.” A palavra negritada tem o
significado de:
a) moderadamente;                                              
b) exagero;                                                        
c) pouco;                    
           d) reduzidamente.
ATIVIDADE 38
Ninho de Cuco
O cuco é o mais mafioso dos pássaros. Não gosta muito de trabalhar e adora
ocupar o ninho dos outros.
Foi assim que, um dia, um pardal muito bondoso, emprestou o seu ninho para o
cuco e pediu que, em troca, ele ficasse por algumas horas tomando conta da ninhada
toda.
Saiu. Quando voltou, encontrou o cuco numa zorra danada, bagunçando seus
ovinhos:
-Quer dizer que eu lhe empresto o ninho e você faz essa bagunça?
Ao que o cuco respondeu:
- Eu estou retribuindo a sua hospitalidade. Nós, cucos, somos assim mesmo: só
posso ser como sou.
O pardal, cheio de raiva, deu uma bicada no cuco, que, ofendido, disse:
- Mas o que é isso, amigo?
E o pardal respondeu:
- Essa bicada é tudo o que eu lhe posso dar, no momento. Sinto muito, mas nós,
pardais, somos organizados, e você e seu ovinho vão ter que cair fora do meu ninho.
E o cuco, bagunceiro, foi baixar noutro terreiro: mais precisamente no buraco vazio
de um relógio, onde, desde então, dá duro para sobreviver trabalhando em turnos de meia
hora.
Cuco-cuco-cuco!
(FRATE, Diléia. Histórias para acordar. Companhia das Letrinhas)
1. "Mas o que é isso, amigo?" Nessa frase, a palavra grifada se refere ao:
a) cuco.
b) pardal.
c) relógio.50
d) ovinho.
2. Na frase "... encontrou o cuco numa zorra danada", a expressão grifada significa que o
cuco estava:
a) fazendo pouco barulho.
b) dormindo profundamente.
c) chocando os ovinhos.
d) desorganizando o ninho.
3. O título do texto é Ninho de Cuco porque
a) o cuco se aproveita do ninho dos outros pássaros.
b) o cuco constrói seu próprio ninho.
c) o pardal dá seu ninho para o cuco.
d) dentro de um relógio há um ninho de cuco.
4. O pardal brigou com o cuco porque o cuco
a) não gosta de trabalhar.
b) abandonou o ninho do pardal e foi para o relógio.
c) bicou o pardal.
d) bagunçou o ninho do pardal.
5. O que aconteceu ao cuco depois que foi expulso do ninho do pardal?
a) Foi parar no terreiro.
b) Foi para o seu ninho.
c) Foi morar no relógio.
d) Foi cantar no terreiro.
   
6. Na frase "E o cuco, bagunceiro, foi baixar noutro terreiro: mais precisamente no buraco
vazio de um relógio...", qual a função dos dois pontos?
a) Finalizar uma frase.
b) Introduzir uma explicação.
c) Interromper a frase.
d) Destacar uma expressão.
ATIVIDADE 39
O professor Batista é um cientista. Ou melhor: um inventor. Inventou tanto e tanto
que acabou criando uma máquina capaz de fazer e controlar tudo.
A MÁQUINA MALUCA
A máquina fazia tudo, mesmo! Acendia e apagava as luzes da rua, fazia os ônibus
andarem para baixo e para cima. Fazia pão e engarrafava o leite. Fazia os aviões subirem
e descerem, controlava a água das casas e os elevadores dos prédios.
Os homens do governo adoraram:
- Vai ser uma nova era para a humanidade, ninguém mais vai precisar trabalhar.
- Viva o professor Batista, o maior cientista!
E a máquina começou a trabalhar e todo mundo começou a vadiar. Os cinemas
ficaram cheios, os parques de diversões também.51
Mas a máquina começou a ficar exigente. Com sua voz rouca de máquina, ela
dizia:
- Eu quero 1.000 litros de perfume francês...
Viravam o país inteiro para arranjar o perfume.
E a máquina não se contentava:
- Onde é que já se viu máquina com fantasia de carnaval?
- Não sei de nada – dizia a máquina. – Se não me arranjarem uma fantasia de
carnaval, não brinco mais!
E tinham que fazer uma fantasia, às pressas, para a máquina.
Tantas coisas foram pedidas à máquina que a cidade inteira trabalhava para ela.
(...)
                                                                                             (Ruth Rocha)
OBS.: Professor, se possível, leia ou conte a história completa para os alunos.
ANÁLISE DO TEXTO
1. Assinale as atividades que as máquinas conseguem fazer pela humanidade:
(a) arar a terra.                                              (b) dar carinho.
(c) transportar peso.                                      (d) fazer cálculos.
2. Transcreva as atividades que a máquina, citada no texto, conseguia  fazer pela cidade:
3. Em sua opinião, como era a máquina? Assinale as palavras que melhor a caracterizam:
(a) útil;                               (b) esperta;                           (c) honesta;
(d) tímida;                         (e) preguiçosa;                      (f) exigente;
(g) eficiente                      (h) explorada;                        (i) diferente.
4. Diante das atividades do cotidiano como você se caracteriza?
5. Por que a máquina começou a fazer grandes exigências?
6. Das máquinas que conhece, qual você acha mais fascinante? Justifique:
7. Se houvesse apenas férias (sem escola nem tarefas), você acha que elas seriam tão
esperadas e gostosas?
8. Se as férias durassem toda a vida, que coisas você gostaria de fazer?
9. Vamos construir uma máquina maluca? Mas leve a sério, para que a sua invenção seja
bem criativa.52
ATIVIDADE 40
SEGUNDO ENCONTRO
EXPERIÊNCIAS COM ATIVIDADES DE LEITURA
Textoteca:  É uma seleção de  diversos textos de variados gêneros e diferentes temas
multidisciplinares. Os textos são colados em papel sulfite colorido e arquivados em uma caixa toda
enfeitada (para despertar o interesse) com o mesmo nome. Estes textos são manipulados pelos
alunos em aulas de leituras  ou em qualquer outro momento que eles tiverem motivados em ler. Nas
aulas de leitura a proposta é que o aluno leia o texto e conte para os colegas sobre o que ele relata
havendo neste momento uma troca de ideias sobre os temas.
Cantinho da leitura: A turma e a professora vão juntos a biblioteca selecionar livros adequados a
idade e ao interesse dos alunos para montarem o cantinho da leitura. Para incrementa-lo foram
adquiridos novos livros e uma caixa plástica com tampa própria para guarda-los . Todas as aulas os
alunos tem um momento de livre  acesso ao cantinho para que possam continuar a leitura de seu
livro. Em determinadas aulas , fazem a leitura oral de um trecho de seu livro para que seus colegas
conheçam as histórias lidas por todos eles.
Remontar textos de revistas: Objetivos – Atenção; sequencialização do pensamento; Organização
de frases; Leitura; Memória.  Material – pequenos textos ou mesmo manchetes de jornais ou
revistas, cortados palavra por palavra; O mesmo texto inteiro, sem estar cortado. Procedimentos –
Apresentar a criança o texto inteiro para que ela o leia; Em seguida, apresentar o mesmo texto
cortado palavra por palavra e solicitar que a criança monte o texto através da ordenação das
palavras.
ATIVIDADE 41
Moinho de sonhos
A mulher e o menino iam montados no cavalo; o homem ia ao lado, a pé. Andavam
sem rumo havia semanas, até que deram numa aldeia à beira de um rio, onde as oliveiras
vicejavam.
Fizeram uma pausa e, como a gente ali era hospitaleira e a oferta de serviço
abundante, resolveram ficar. O homem arranjou emprego num moinho próximo à aldeia. A
mulher se juntou a outras que colhiam azeitonas em terras ao redor de um castelo. Levou
consigo o menino que, no meio do caminho, achou um velho cabo de vassoura e fez dele
o seu cavalo. Deu-lhe o nome de Rocinante.
Ao chegar aos olivais, o pequeno encontrou o filho de outra colhedeira – um garoto
que se exibia com um escudo e uma espada de pau.
Os dois se observaram à distância. Cada um se manteve junto à sua mãe, sem
saber como se libertar dela. Vigiavam-se. Era preciso coragem para se acercar. Mas
meninos são assim: se há abismos, inventam pontes.
De súbito, estavam frente a frente. Puseram-se a conversar, embora um e outro
continuassem na sua. Logo esse já sabia o nome daquele: o menino recém-chegado se
chamava Alonso; o outro, Sancho.
Começaram a se misturar:
– Deixa eu brincar com seu cavalo?, pediu Sancho.53
– Só se você me emprestar sua espada, respondeu Alonso.
Iam se entendendo, apesar de assustados com a felicidade da nova companhia.
Avançaram na entrega:
– Tá vendo aquele moinho gigante?, apontou Alonso. Meu pai sozinho é que faz
ele girar.
– Seu pai deve ter braços enormes, disse Sancho.
– Tem! Mas nem precisava, respondeu Alonso. Ele move o moinho com um sopro.
Sancho achou graça. Também tinha uma proeza a contar:
– Tá vendo o castelo ali?, apontou. Meu pai disse que o dono tem tanta terra que o
céu não dá para cobrir ela toda.
– E se a gente esticasse o céu como uma lona e cobrisse o que está faltando?,
propôs Alonso.
– Seria legal, disse Sancho. Mas ia dar um trabalhão.
– Temos de crescer primeiro.
– Bom, enquanto a gente cresce, vamos pensar num jeito de subir até o céu! –
disse Alonso.
– Vamos!, concordou Sancho.
Sentaram-se na relva. O cavalo, a espada e o escudo entre os dois. Um sopro de
vento passou por eles.
Já eram amigos: moviam juntos o mesmo sonho.
Atividades:
1. Copie as palavras que você não conhece e procure os significados no dicionário:
2. Observe o primeiro parágrafo do texto. Quais são as personagens iniciais?
3. “ Andavam sem rumo havia semanas, até que deram numa aldeia à beira de um
rio (...)”. Que outro verbo poderia substituir deram?
4. O que fez com que a família resolvesse ficar naquele lugar?
5. “Ao chegar aos olivais, o pequeno encontrou o filho de outra colhedeira”. A
aproximação dos meninos foi imediata? Explique.
6. Explique o trecho: “ Mas meninos são assim: se há abismos, inventam pontes”.:
7. Qual eram as brincadeiras dos meninos?
8. Qual era a profissão do pai de Alonso? E do pai de Sancho?
9. Você sabe o que é um moinho? Se sim, desenhe-o:
10. O imaginário das crianças é muito rico. Copie do texto situações imaginárias
inventadas pelos meninos:
11. Explique o título da história:
12. Quais as brincadeiras que você e seus amigos mais gostam?
13. Este conto faz referência a um livro conhecido no mundo inteiro e que se
chama Dom Quixote de La Mancha, do autor Miguel de Cervantes. A partir da resenha
deste livro fornecida pela professora procure relacionar fatos que se assemelhem entre os
dois textos.54
ATIVIDADE 42
O LEÃO E O RATINHO
O rei das selvas dormia sob a sombra de um carvalho. Aproveitando a ocasião, um
bando de ratos resolveu passar por cima dele para encurtar o caminho.
– Vamos, vamos, não há tempo a perder – disse o líder do bando.
Quando faltava apenas um rato passar, o leão acordou-o e prendeu-o debaixo de
sua pata.
– Por favor, Majestade das selvas, não me esmague! – implorou o ratinho
– E você tem alguma boa razão para que eu não faça isso?
– Bem... talvez um dia eu possa ajudá-lo! – disse o ratinho.
O leão deu uma sonora gargalhada:
– Você? Minúsculo desse jeito? Essa é boa!
– Por favor, por favor, por favor, não me esmague! – insistiu o ratinho.
Diante de tamanha insistência, o leão, que estava mesmo com o estomago cheio,
deixou que o ratinho fosse.
Alguns dias depois, o leão ficou preso numa rede deixada na floresta por alguns
caçadores. Fez de tudo para se soltar, mas não conseguiu. Seus uivos de raiva fizeram a
terra tremer. Ao ouvi-los, o ratinho veio em seu socorro. Com seus dentes pequeninos e
afiados, roeu as cordas da rede e soltou o leão.
Uma boa ação ganha outra.
Pequenos amigos podem ser grandes amigos.
(Jean de La Fontaine. Fábulas de Escopo. Adaptação de Lúcia Tulchinski.
São Paulo, Scipione, 1998.)
INTERPRETAÇÃO DO TEXTO
1.Quem são os personagens do texto?
2. Os personagens do texto são animais. O comportamento deles é próprio de animais ou
eles agem como se fossem humanos? Justifique sua resposta.
3. O que essa fábula pretende ensinar para as pessoas?
4. O que é, para você, uma fábula?
5. No texto, aparecem duas expressões que foram empregadas para se  referir  ao  leão.
Você sabe dizer quais são?
6. Que outras palavras e expressões poderiam ser empregadas para se referir ao leão?
7. Dos provérbios seguintes, qual deles poderia substituir a moral da fábula “O leão e o
ratinho”?
QUEM COM FERRO FERE COM FERRO SERÁ FERIDO.
O BEM SE PAGA COM O BEM
MAIS VALE UM PÁSSARO NA MÃO QUE DOIS VOANDO.
DE GRÃO EM GRÃO A GALINHA ENCHE O PAPO.55
ATIVIDADE 43
ISSO DÁ MEDO?
A HORA DO TERROR
                   Claro que eles não existem, mas é só ouvir um barulho estranho no quarto
escuro que a gente fica morrendo de medo. Será que é um monstro?
                   Esse pavor é muito antigo e existe no mundo inteiro. Só de pensar em
encontrar um desses seres medonhos, as pessoas ficam de cabelo em pé. Por isso
mesmo os livros, filmes e desenhos de terror são tão empolgantes.
                   Se você gosta de emoções fortes é hora de conhecer melhor essas criaturas
horrorosas e tão atraentes.
LEITURA E INTERPRETAÇÃO
Um monstro de laboratório
                   Frankenstein não é nome do monstro, mas de seu criador. Frankenstein é um
cientista que quer recriar a vida humana em seu laboratório. Ele junta partes de pessoas
mortas (argh!), costura aqui e ali, (blargh!) e dá vida a uma criatura de dois metros e meio
de altura, com uma força incrível e alguns parafusos a menos. Para piorar, ele foge e
começa a aprontar por onde passa.
                   Claro que é só uma história inventada pela escritora inglesa Mary Shelley.
Seu livro fez muito sucesso, mas o monstro ficou mais famoso depois que foi para o
cinema.
1.Destaque, no texto, as palavras que você não conhece.
2.Coloque as palavras que você destacou em ordem alfabética.
3.Com o auxílio do dicionário, procure o significado dessas palavras e registre em seu
caderno.
4.Qual é o título do texto?
5.Quem é a personagem principal?
6.Quantos parágrafos têm o texto?
7.Quem é Mary Shelley?
8.Como Frankenstein criou o monstro?
9.Quais as características do monstro?
10.Crie um novo título para o texto:
11.Quais outros monstros você conhece?
12.Desenhe o monstro do texto.