quinta-feira, 24 de maio de 2012

Trabalho de Língua Portuguesa – 8ª série


Trabalho de Língua Portuguesa – 8ª série

“Na atitude dos pais, a construção do cidadão do futuro”

      Uma das coisas mais difíceis para os pais é entender e aceitar o processo de crescimento e independentização dos filhos. Às vezes, teoricamente se pensa que está aceitando tudo muito bem (achando-se até orgulhoso do crescimento deles), mas aí, de repente, sua filha – linda, meiga, tão carinhosa – chega a sua casa com um rapaz desconhecido, de aparência nem sempre impecável, com aquelas calças jeans rasgadas, um tênis imundo, todo devagar, falando muita gíria... e que, além disso tudo, ainda lhe dá a maior esnobada... Nessas horas, os pais enlouquecem (o pai mais ainda, que não criou uma moça tão educada e fina para entregar a um estranho, o primeiro que aparece...) Ou então é o seu filho, aquele menino que agora é dois palmos mais alto que você, cheio de músculos, voz grossa, barba, mas que você continua vendo como o seu menino, que chega com uma mocinha – tão insignificante para aquela maravilha de homem em que se transformou seu filho! – e assim, sem nem avisar ou pedir licença, vão entrando, aos beijos, quase nem falam com você, parece que, subitamente, você se tornou transparente, invisível mesmo – se trancam no quarto... Meu Deus! Aí é a mãe que fica desesperada pensando, tão cedo, será que vão querer casar? Mil elucubrações, receios, ciúmes, apreensões... [...]
     Como entender e, principalmente, respeitar as escolhas dos filhos?
     Com relação à parte afetiva, antes de mais nada, compreendemos que na adolescência há uma primeira fase de encontros e namoricos em que ficam juntos, em geral por pouco tempo. Há uma troca constante de pares. Portanto, nada de cenas de desespero antes da hora... Há uma necessidade, uma fome de viver, de conhecer, de colocar na prática o que eles já viram tantas e tantas vezes no cinema, na TV, nas conversas com os amigos. Depois, mais adiante, já com dezoito, vinte anos, surge uma outra tendência – a do namoro firme. Um rapaz e uma moça, nesta fase, costumam ter relações estáveis, que duram vários meses ou mesmo mais de um ano, aprofundam o conhecimento mútuo e treinam a difícil  arte da convivência. É uma fase de maior estabilidade emocional, de relacionamentos mais profundos. Ambas são caminhadas normais em direção à maturidade psicoafetiva e sexual.
       Desde que os filhos não estejam fazendo nada de grave, nem de ilegal ou realmente prejudicial, o que os pais precisam fazer é APENAS ENTENDER QUE OS FILHOS CRESCERAM. E que, daí por diante, a nossa influência irá sendo, cada vez, decididamente menor. E é justo que assim seja. Temos que fazer um esforço e cortar o NOSSO cordão, não adianta impor ou querer fazer prevalecer a nossa idéia pela força. O que deve e pode acontecer é a conversa, o papo amigo, fundamentado, sincero. Uma, duas, dez vezes, tantas quantas se fizerem necessárias. E, de preferência e se possível, de forma calma. [...]
      Se [...], na infância e na adolescência tivermos deixado as coisas correrem muito frouxas, sem diretrizes educacionais, sem desenvolver a consciência do quanto é necessário e imprescindível ter metas na vida – estudo, trabalho e contribuição social entre outros - , se os tivermos criado como senhores do mundo, pessoas acostumadas a somente usufruir daquilo que os pais produziram, incentivando o individualismo e o consumismo apenas, então poderemos ter sérios problemas a enfrentar. Fastio, tédio, incivilidade, falta de motivação para o estudo e o trabalho, egoísmo, egocentrismo, falta de sensibilidade e empatia com relação aos mais velhos e a todos os demais são apenas alguns dos mais simples problemas que poderemos ter que enfrentar nós e, principalmente, eles próprios. Sem falar em outros mais graves como a delinquência, as drogas, marginalidade.
      Mas se, ao contrário, nossos filhos, seguindo nosso exemplo e em função do trabalho desenvolvido ao longo de anos e anos de persistência, carinho, atenção e amor, se tiverem transformado em verdadeiros cidadãos, cônscios da necessidade de produzirem, trabalharem, contribuírem, se tivermos tido a capacidade  de transmitir-lhes o desejo de vencer na vida através de seu esforço pessoal, do trabalho e da sua capacidade (mesmo que os ajudemos um pouco no início, evidentemente), então, sem dúvida, teremos cumprido a nossa missão. UMA FUNÇÃO SOCIAL ÍMPAR, SEM EQUIVALENTE EM NENHUMA OUTRA TAREFA OU PROFISSÃO – EDUCAR AS NOVAS GERAÇÕES PARA O FUTURO, PARA A VIDA E PARA A DEMOCRACIA.
                                                                                                                      Tânia Zagury

1. Estudo do vocabulário:
a) Com a ajuda de um dicionário, procure encontrar em que sentido foram usadas as seguintes palavras no texto:
elucubrações:
diretrizes:
imprescindível:
usufruir:
fastio:
egocentrismo:
empatia:
delinqüência:
cônscios:

2. Tendo em vista a leitura do texto, responda:

a)        Por que os pais não conseguem se conformar com a idéia de que os filhos crescem e tornam-se independentes?





b)        Por que existem conflitos entre pais e filhos, quando estes já estão crescidos?




c)        Em geral, qual é a reação dos pais, ao conhecerem o provável genro ou a nora?




d)       Nos relacionamentos afetivos de hoje, é comum os jovens não manterem uma constância? Por quê?




e)        Já adultos, há uma nova forma de convivência. Como os jovens passam a se comportar afetivamente?




f)         De que forma os filhos poderão se tornar verdadeiros cidadãos?





g)        Qual a sua opinião sobre os pais que não repreendem jamais os filhos, deixando-os fazer o que bem entendem? Esclareça sua resposta.


h)    O que você achou desse texto? Explique com suas palavras e justifique-as.



i)     Agora é sua vez de ser o escritor: Escreva sua opinião sobre “O que é preciso se ter e aprender ainda lá infância e continuar tendo e aprendendo na adolescência para ser um cidadão do futuro consciente e de bom caráter.

Produção de texto


Produção de texto

A internet tem ouvidos e memória

Redes sociais são ótimas para disseminar ideias, tornar alguém popular e também arruinar reputações. Um dos maiores desafios dos usuários de internet é saber ponderar o que se publica nela. Especialistas recomendam que não se deve publicar o que não se fala em público, pois a internet é um ambiente social e, ao contrário do que se pensa, a rede não acoberta anonimato, uma vez que mesmo quem se esconde atrás de um pseudônimo pode ser rastreado e identificado. Aqueles que, por impulso, se exaltam e cometem gafes podem pagar caro. Um exemplo escandaloso foi o da universitária paulista Mayara Petruso. Após o resultado das eleições brasileiras em 2010, ela publicou em seu Twitter mensagens extremamente ofensivas aos nordestinos de São Paulo. O resultado foi um processo na Justiça, perda de emprego e uma péssima reputação. Apagar as mensagens e os perfis na rede não basta para deletar um deslize na web. No caso de Mayara Petruso ainda havia um agravante: a jovem estudava direito.
www.terra.com.br- março 2011
Proposta de redação

Você, como jovem, o que pensa a respeito do uso das redes sociais on-line?
Reflita sobre as seguintes questões relacionadas ao tema e escolha uma delas para enfocar de modo especial seu texto dissertativo-argumentativo.
·         A tecnologia está aproximando mais os jovens?
·         A falta de contato físico e de troca emocional pode afetar as amizades?
·         Há relação entre os fakes e bullying?
·         Quais são os perigos da exposição excessiva da vida pessoal na internet?
·         A facilidade das comunicações proporcionada pelas redes sociais pode estar fazendo os jovens terem menos interesse nas relações cara a cara? Qual o perigo de postar sua vida em sites on-line?
Ao produzir seu texto, siga as instruções:
·         Defina o ponto de vista que irá desenvolver;
·         Planeje seu texto. Qual a ideia principal? Que argumentos serão utilizados para fundamentar essa ideia?
Como serão distribuídos os parágrafos?Que tipos de argumentos utilizará: exemplos, comparações, dados históricos, estatísticos, pesquisa, depoimentos.Como será a conclusão: síntese, sugestão ou proposta?
·         Fique atento à linguagem. Ela deve estar de acordo com a norma padrão e com o perfil dos leitores;
·         Concluído seu texto, dê a ele um título atraente, que faça o leitor sentir-se convidado a realizar sua leitura e, antes de passá-lo a limpo, faça uma revisão cuidadosa. 
Retirado do Blog:  http://blogdaleila-leila.blogspot.com.br/

Pensamento

Mas eu desconfio que a única pessoa livre, realmente livre, é a que não tem medo do ridículo.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

A miséria de todos nós


A MISÉRIA É DE TODOS NÓS
Como entender a resistência da miséria no Brasil,uma chaga social que remonta aos primórdios dacolonizaçãoNo decorrer daúltimacadas,enquanto a miséria se mantinha mais ou menos domesmtamanho, todooindicadoresociais brasileiros melhoraram. Há mais crianças em idadeescolafreqüentando aulas atualmentdo que emqualquer outro períodda nossa história. As taxas deanalfabetismo e mortalidade infantil também são asmenoredesdquspassoregistrá-lasnacionalmente. O Brasil figura entre as dez nações deeconomimaifortdmundoNcampodiplomático, começa a exercitar seus músculos. Vemfirmando uma inconteste liderança política regionalna América Latina, ao mesmo tempo que atrai asimpatia do Terceiro Mundo por ter se tornado umforte oponente das injustas políticas de comércio dos países ricos. Apesar de todos esses avanços, a misériaresiste. Embora em algumas de suas ocorncias,especialmente na zona rural, esteja confinada a bolsõesinvisíveiaoolhodos brasileiromais bem posicionados na escala social, a miséria é onipresente. Nas grandes cidades, com aterrorizante freqüência, elaatravessa o fosso social profundo e se manifesta deformviolentamaiassustadordessasmanifestações é a criminalidade, que, se não tem na pobreza sua única causa, certamente em razão dela setornou mais disseminada e cruel. Explicar a resistênciada pobreza extrema entre milhões de habitantes não éuma empreitada simples.
Veja, ed. 1735
1. O título dado ao texto se justifica porque:a)a miséria abrange grande parte de nossa população; b)a miséria é culpa da classe dominante;c)todos os governantes colaboraram para a miséria comum;d)a miséria deveria ser preocupação de todos nós;e)um mal tão intenso atinge indistintamente a todos.2. A primeira pergunta - "Como entender a resistência da miséria no Brasil, uma chaga social que remonta aos primórdios da colonização?":a)tem sua resposta dada no último parágrafo; b)representa o tema central de todo o texto;c)é só uma motivação para a leitura do texto;d)é uma pergunta retórica, à qual não cabe resposta;e)é uma das perguntas do texto que ficam sem resposta.3. Após a leitura do texto, só NÃO se pode dizer da miséria no Brasil que ela:a)é culpa dos governos recentes, apesar de seu trabalho produtivo em outras áreas; b)tem manifestações violentas, como a criminalidade nas grandes cidades;c)atinge milhões de habitantes, embora alguns deles não apareçam para a classe dominante;d)é de difícil compreensão, já que sua presença não se coaduna com a de outros indicadores sociais;

e)tem razões históricas e se mantém em níveis estáveis nas últimas décadas.4. O melhor resumo das sete primeiras linhas do texto é:a)Entender a miséria no Brasil é impossível, já que todos os outros indicadores sociais melhoraram; b)Desde os primórdios da colonização a miséria existe no Brasil e se mantém onipresente;c)A miséria no Brasil tem fundo histórico e foi alimentada por governos incompetentes;d)Embora os indicadores sociais mostrem progresso em muitas áreas, a miséria ainda atinge uma pequena partede nosso povo;e)Todos os indicadores sociais melhoraram exceto o indicador da miséria que leva à criminalidade.5. As marcas de progresso em nosso país são dadas com apoio na quantidade, exceto:a)freqüência escolar; b)liderança diplotica;c)mortalidade infantil;d)analfabetismo;e)desempenho ecomico.6. "No campo diplomático, começa a exercitar seus músculos"; com essa frase, o jornalista quer dizer que oBrasil:a)já está suficientemente forte para começar a exercer sua liderança na América Latina; b)já mostra que é mais forte que seus países vizinhos;c)está iniciando seu trabalho diplomático a fim de marcar presença no cenário exterior;d)pretende mostrar ao mundo e aos países vizinhos que já é suficientemente forte para tornar-se líder;e)ainda é inexperiente no trato com a política exterior.7. Segundo o texto, "A miséria é onipresente" embora:a)apareça algumas vezes nas grandes cidades; b)se manifeste de formas distintas;c)esteja escondida dos olhos de alguns;d)seja combatida pelas autoridades;e)se torne mais disseminada e cruel.8. "...não é uma empreitada simples" equivale a dizer que é uma empreitada complexa; o item em que essaequivalência é feita de forma INCORRETA é:a)não é uma preocupação geral = é uma preocupação superficial; b)não é uma pessoa apática = é uma pessoa dinâmica;c)não é uma questão vital = é uma questão desimportante;d)não é um problema universal = é um problema particular;